Sábado, 3 de julho de 2021 - 08h05
O presidente Jair Bolsonaro,
como todo mortal, tem seus pecados. É verdade. Um deles, aliás, é falar pelos
cotovelos. E, como diz o dito popular, quem muito fala dá bom dia a cavalo. Reconhecidamente,
o presidente tem negligenciado temas sensíveis à população, tornando-se, assim,
alvo fácil da artilharia inimiga, que trabalha incansavelmente para vê-lo longe
do Palácio do Planalto, o mais célere possível. A demora na aquisição de
vacinas contra a covid-19 pegou mal. Muitas vidas poderiam ter sido polpadas se
os burocratas do governo federal tivessem agido mais rápido e falado menos. É
preciso ter humildade para reconhecer isso. A humildade é sinal de grandeza, a
que não muitos estão acostumados.
Mas, quem não tiver pegado
atire a primeira pedra, como ensina a passagem bíblica em que escribas e
fariseus levaram à presença de Jesus uma mulher surpreendida em adultério para
que Ele a julgasse e a condenasse. Curiosamente, não apresentaram o macho que
se teria com ela deitado, comportamento típico de uma sociedade machista e
egoísta. Então Jesus, em Sua divina paz e sabedoria, pronunciou a frase célebre: “Aquele que não tiver pecado
atire a primeira pedra”. O final da história todos nós conhecemos.
Tem
gente que acha que eu, como “jornalista”, colunista, formador de opinião, ou
coisa do gênero, não tenho direito de revelar minhas preferências políticas. Em
primeiro lugar, já disse e repito, que não sou jornalista, tampouco pretendo
sê-lo. Sou um simples servidor público, com o pé na aposentadoria, graças a
Deus, um modesto colaborador de jornal. Nada contra essa ou qualquer outra
profissão. Pelo contrário, o jornalista exerce importante papel na sociedade,
pois, como alguém já disse, não há democracia sem imprensa livre.
Orgulho-me de desfrutar da amizade sincera de profissionais dessa seara,
pessoas que aprendi a admirá-las e respeitá-las pelo caráter e
profissionalismo, como é o caso dos jornalistas Rubens Coutinho, Paulo
Andreoli, Arimar de Sá, Nilton Salinas, Silvio Persivo, dentre outras
personagens de relevo, muitas das quais não estão mais entre nós, como o meu
amigo Euro Tourinho.
Em
segundo lugar, vivemos em um país democrático (ou não?). Onde está escrito que
eu não posso manifestar-me politicamente? Votei no candidato Jair Bolsonaro, porque,
à semelhança de muitos brasileiros, não aguentava mais ouvir falar de
roubalheira. Houve uma época em que eu também votei no Lula, mas aí apareceu o
aprendiz de barítono, Roberto Jefferson, com aquele dó de peito que acabou
espatifando a ética petista, naquele que ficou conhecido como o escândalo do
mensalão, levando de roldão minhas esperanças. Depois veio a operação
Lava-Jato, que desmoronou a casa de uma vez. Até hoje tem gente debaixo dos
escombros.
Ao
contrário do que pensam alguns desavisados, não se trata de ser contra ou a
favor de quem quer que seja, mas uma questão de justiça, pois se existe algo
que me deixa extremamente desconfortável é com injustiça, motivo pelo qual a
colocação dos pingos nos is.
Só suas excelências não veem o caos
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