
É preciso ressaltar que nunca fui um fã de Michel Temer, que sempre foi um articulador de bastidores, um político de capacidade mais partidária do que com visão de setor público e capacidade gerencial, mas, esperava, pelo menos, mais que, por sua experiência política, não fosse ficar tão exposto como está agora. Neste sentido, foi uma decepção. No entanto, não acredito ainda na sua deposição. A melhor forma, e a meu ver a única disponível para sua saída, seria a cassação pelo TSE, mas, depois de duas sessões do julgamento da ação, segundo os especialistas, o Palácio do Planalto contabilizou uma maioria apertada, mas, suficiente para garantir a absolvição do presidente. A previsão foi confirmada (placar de 4 a 3 votos a seu favor). Mesmo se for ainda assim se teria pela frente embargos e um posterior julgamento no Supremo. É muita lenha para queimar e , de qualquer forma, a avaliação, é de que a crise política está longe de ser resolvida e de que o seu desfecho é considerado imprevisível. Nem tanto. Penso que o governo vai se manter "meia bomba", um governo sem condição de fazer mais do que ir levando. O melhor que pode acontecer é o setor privado começar a crer que, como não tem jeito, terá que levar as coisas da melhor forma possível com o governo que aí esta. Com sorte podemos crescer este ano 0,6 a 0,7% e, quem sabe, com eleições em 2018, se as expectativas melhorarem, um pouco mais. O que atrapalha, ainda mesmo, é o sonho lulista e sindical de volta ao passado e diretas já- uma bandeira sem sentido com o jogo no segundo tempo. Só resta torcer pelo melhor. E, ao contrário de Tiririca, sempre penso que pior do que está pode sim ficar. E rezo para, pelo menos, que as coisas permaneçam calmas.
Foto: Marcos Corrêa/PR. / Fonte: Blog Diz Persivo

Segunda-feira, 9 de junho de 2025 | Porto Velho (RO)