Sábado, 2 de abril de 2022 - 09h54
Em 2007, a ONU (Organização das Nações Unidas) declarou a data
de 2 de abril como o Dia Mundial da Conscientização do Autismo. Essa iniciativa
ocorreu para chamar a atenção da sociedade e ajudar milhões de pessoas que têm
o transtorno ou àquelas que ainda sequer foram diagnosticadas. O objetivo é
levar informação à população para reduzir a discriminação, preconceito e
negligência contra os indivíduos que apresentam o Transtorno do Espectro
Autista (TEA).
O TEA afeta habilidades de percepção social e prejudica em
intensidades diversas áreas do neurodesenvolvimento motor, cognitivo, sensorial
e de comunicação social do autista que se manifesta diferente em cada pessoa.
Desde muito cedo existem alguns padrões de comportamento bem conhecidos,
pré-definidos, que podem ser observados pelos pais desde o nascimento, especialmente
antes dos 16 meses. De acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais (DSM-5) e com diversas evidências científicas, os pais
podem e devem começar a notar os primeiros sinais de TEA antes mesmo dos 3 anos
de idade.
Alguns sinais que podem ser percebidos antes dos 12 meses são:
desatenção à voz do adulto; não balbuciar; o olhar não procura a mãe quando ela
se afasta; não estende os braços para pedir colo; falta de contato visual com a
mãe no momento da amamentação; não responde com imitação ações como sorrir ou
mostrar a língua.
Se até os 16 meses seu filho não der “tchauzinho” com as mãos;
ausência da fala ainda perpetua; não procura com o olhar; não gosta de ser
tocado; tem locomoção atípica, como andar nas pontas dos pés, pouca
reciprocidade ao ser tentado interações com elas, atraso ou regressão de fala e
comportamentos repetitivos devem ser os principais sinais de alerta. Na
suspeita, deve-se procurar por um especialista (pediatra, neuropediatra ou
psiquiatra infantil) deve ocorrer quando esses atrasos aparecem de forma
significativa e incomodam o convívio com elas.
A partir do momento em que essa dúvida surge, a visita a um
médico ou profissionais de saúde familiarizados com o tema deve ser urgente e
indispensável pois, a partir da triagem, a criança poderá ser encaminhada a
profissionais especializados e poderá começar um tratamento precoce. O
diagnóstico do autismo deve ser feito por profissionais especializados na área
e realizados a partir da observação direta da criança, entrevistas com os pais
e pelo uso de questionários e instrumentos direcionados.
Após a confirmação do autismo, os pais devem seguir as
orientações do grupo de profissionais de várias áreas como pediatria,
neuropediatria, terapeutas ocupacionais, psicopedagogos, entre outros. São eles
que vão trabalhar a intervenção e o desenvolvimento da criança junto à família
e à escola. Neste processo, o mais importante é o diagnóstico precoce para que
se comece a estimulação o mais cedo possível numa fase da vida muito mais
sensível e com evidências de intervenção terapêutica eficaz. Com isso, o
desenvolvimento neurológico da criança pode ser mais rapidamente preservado e
obtermos resultados mais efetivos.
(*)
Dr Clay Brites é Pediatra e Neurologista Infantil (Pediatrician
and Child Neurologist); Doutor em Ciências Médicas/UNICAMP (PhD on Medical
Science); Membro da ABENEPI-PR e SBP (Titular Member of Pediatric Brazilian
Society); Speaker of Neurosaber Institute.
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