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Artigo: A (re)democratização da informação


                                                                                    
Alcir Abuchain (*)

Estamos vivendo um novo patamar de relações entre os homens e destes com as organizações e o conhecimento humano. Quando a moderna tecnologia da informação começou sua popularização através do início de seu acesso aberto para escolas, famílias, grupos sociais e cidadãos em geral – isso no final dos anos 80 – através da Internet, a tendência dos grupos era de utilizar a ferramenta para buscar e deter informação. Tomando ao pé da letra a máxima de que “quem tem informação tem o poder”, muitos acreditaram que deter o conhecimento deveria ser uma coisa exclusivista, particular, fechada. Isso queria dizer que abrir os arquivos para terceiros seria perder o poder ou, no mínimo, dividi-lo com a concorrência.

Algum desavisado poderia indagar-me agora: “mas este pensamento não está estrategicamente correto?” Felizmente não foi esse o caminho que tomamos até pelo fatos comprovarem o contrário. O segredo da evolução humana – e, por relação, das nações e organizações – está no compartilhamento das informações. Acumular informações em um banco de dados para que o concorrente não tenha acesso é uma mera ilusão de poder. Se há alguma dúvida, tente imaginar como seria o combate ao crime internacional sem a democratização do acesso às informações policiais de cada país. A Interpol simplesmente não conseguiria sobreviver.

Este compartilhamento, ao contrário do que muitos ainda insistem em defender, tornou-se uma estratégia de marketing para as organizações. Algumas empresas estão solucionando gargalos, resolvendo problemas e ampliando seu alcance graças ao compartilhamento de informações e criação de uma rede natural de colaboradores. A coisa funciona de forma simples: ao colocar um assunto ou questão em debate, gera-se um grupo de discussão de onde, invariavelmente, surgem idéias inovadoras que podem ser encaixadas perfeitamente em uma ou outra situação de mercado, por exemplo.

Exatamente, meu amigo! A empresa termina por receber serviços de consultoria técnica sem correr o risco de acatar a orientação de um único profissional – contratado por ela – muitas das vezes nem sempre qualificado para a determinada questão em análise.

É Bem verdade que alguns níveis de informação são e permanecerão na categoria de sigilosas, mas estamos falando de conhecimento humano, global e evolutivo. Não há sentido, por exemplo, em manter nas estantes das bibliotecas universitárias o conhecimento gerado por pesquisas, estudos e experimentos. É exigência premente que sejam efetivamente públicos, no sentido de estar à disposição de toda e qualquer pessoa no mundo.

Para que seja eficiente, este compartilhamento deve ter início dentro da própria organização. As informações necessitam circular pela empresa para que não se perca oportunidade. E eventuais oportunidades estão disponíveis para grupos e interlocutores integrantes de organizações que têm o hábito de olhar além de suas paredes e cujo conhecimento é construído com o auxílio de seu rol de colaboradores naturais.

O exemplo mais conhecido desta horizontalização da informação é o Youtube. Nele tudo o que é disponibilizado está ao alcance de todos. E com um detalhe: cada um pode disponibilizar o que quiser. A Tecnologia da Informação, portanto, permite que hoje todos possam ser agentes da informação, mesmo não sendo profissionais do setor. Hoje é comum, por exemplo, a atitude de portais noticiosos em abrir canais onde o internauta relata fatos e encaminha até fotos ou vídeos como colaboradores.

Mas um detalhe, em especial, deve-se levar em conta: sem planejamento e organização será extremamente complicado e difícil o processamento proativo destas informações. A gestão do conhecimento, portanto, é fundamental para que a informação adquirida e compartilhada transforme-se em vantagem competitiva.

(*) empresário e diretor técnico da Master Case Digital Business em Campo Grande/MS. [email protected] . (67) 3326-2100

 

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