Terça-feira, 24 de março de 2009 - 23h49
O Sindsul (Sindicato dos Servidores Municipais do Cone Sul) pressiona o prefeito de Vilhena, José Rover (PP), por um ajuste salarial de 21% e promete deflagrar uma paralisação a partir de 21 de abril caso não seja concedido o aumento a todos os servidores, além de cumprir os outros três itens da pauta de reivindicações: tíquete-refeição de R$ 200,00, plano de saúde e vale-transporte (os dois últimos sem valores pré-fixados).
Em reunião com os trabalhadores, realizada dia 14 na sede do sindicato, o prefeito disse que concederia o aumento de R$ 35,00 apenas para os que ganham o salário mínimo, estabelecendo-se um piso de R$ 500,00 o que beneficiaria 951 trabalhadores, correspondentes a mais da metade do total de servidores efetivos.
A proposta do prefeito sobre o piso foi aceita pelo sindicato. Porém, ficou em aberta a discussão relacionada aos demais trabalhadores. José Rover quer conceder um abono, também de R$ 35,00, para os que ganham até R$ 1 mil, o que foi rejeitado, e os demais ficarão, por ora, sem aumento. "No dia 21 de abril haverá a assembleia geral e veremos qual será a decisão soberana da maioria dos servidores. Queremos esgotar todas as possibilidades de discussão, mas há sim a possibilidade de uma greve", pontua o presidente do Sindsul, Agostinho do Nascimento.
Para justificar a "impossibilidade de aumento salarial e atender às demais reivindicações" no moldes pretendidos pelo sindicato, o prefeito disse que Vilhena enfrenta uma queda na receita "decorrente da crise financeira mundial". Segundo a Secretaria Municipal de Fazenda, em fevereiro a arrecadação do município despencou cerca de R$ 1,1 milhão em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o FPM (Fundo de Participação do Município) girou em torno de R$ 6 milhões.
PORTARIADOS NA CORDA BAMBA Além de não ter dado uma resposta satisfatória aos servidores efetivos, o prefeito disse que a crise o obriga a demitir os portariados. Na semana passada, Rover dispensou cerca de 100 deles e pretende exonerar mais cerca de 150 nos próximos dias, até atingir os 50% do número total cerca de 550. Outra saída ainda em estudo para cortar despesas poderá ser a nulidade "pelo menos momentânea" da função de adjunto das secretarias municipais.
CABIDE DE EMPREGO A folha de pagamento da prefeitura tem girado em torno de absurdos 68% da receita do município de Vilhena. São 1840 servidores efetivos, mais da metade deles ganhando apenas salário mínimo e sem direito a benefícios elementares, como o tíquete-refeição ou o vale-transporte. Enquanto isso, muitos dos cerca de 550 portariados não têm qualquer importância no funcionamento da máquina, mas ganham salários altos, afora uma série de benefícios e regalias.
É visível e incontestável que o prefeito empregou na prefeitura dezenas de candidatos a vereador que o apoiaram e foram derrotados nas urnas, nas eleições de seis meses atrás. Manteve uma série de adjuntos nas secretarias e nomeou a própria esposa para titular da Secretaria Municipal de Ação-Social que, sem especificidade curricular ou conhecimento técnico, asseguraram o cargo apenas como "pagamento" por terem ajudado na campanha eleitoral.
Ser candidato a vereador e ser presidente de partido político em Vilhena viraram excelentes oportunidades de emprego fácil. Mesmo perdendo as eleições, pode-se conseguir uma "boquinha" no governo municipal.
Ao dizer que enxugará a máquina e demitirá a metade dos portariados, além de rever a questão dos adjuntos (sem função prática na administração), José Rover começa a enxergar com a razão e os olhos de administrador. Com certeza, irá desagradar muitos interesses pessoais, mas eis a chance de passar para história como um prefeito corajoso e capaz de diluir este vício das portarias na administração pública.
Fonte: Júlio Olivar
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