Sábado, 21 de maio de 2011 - 22h46
Kadijah Suleiman
A Embrapa Rondônia (Porto Velho) participa neste domingo, 22, a partir das 7 horas, do 2º Dia Especial do Café em Machadinho d’Oeste, promovido pela Cooperativa Mista Agroindustrial do município (Comamo), no Campo Experimental da Embrapa. A pesquisadora Vanda Gorete Rodrigues estará na segunda estação do dia de campo, onde falará sobre sistemas agroflorestais com café, destacando os dois componentes importantes: a árvore e o cultivo agrícola do café.
Ela explica que, sendo a árvore o componente maior do sistema e que modifica o ambiente onde está o café, o trabalho da pesquisa é identificar soluções para que esse efeito seja positivo no sentido de aumentar a produtividade e a sustentabilidade do sistema. Entre os efeitos positivos, a pesquisadora enumera a diminuição da intensidade de luz e das temperaturas ambiente e do solo. “Além disso, a queda de folhas e galhos proporciona a formação da cobertura de serapilheira que protege o solo das plantas invasoras, mantém a umidade do solo e aumenta a incorporação de nutrientes a partir da decomposição dessa biomassa”, explica.
As espécies arbóreas que podem fazer parte do sistema incluem as florestais, frutíferas e as árvores de “serviço”. Vanda explica que essas últimas oferecem sombra e melhoram o ambiente da lavoura favorecendo, inclusive, o trabalho do agricultor no campo, sob condições de temperaturas mais amenas. “Isso é especialmente bem-vindo na época de colheita, que compreende os meses de maio a julho, período do verão amazônico”, destaca.
Outro fator positivo das “árvores de serviço”, de acordo com a pesquisadora, é o sequestro de carbono da atmosfera, contribuindo assim com uma questão crucial para o meio ambiente: a redução dos gases de efeito estufa.
As espécies florestais estudadas pela Embrapa Rondônia e que apresentaram melhores resultados, até o momento, no Campo Experimental da Empresa em Machadinho d’Oeste, são a bandarra, o pinho cuiabano e a teca. A partir de diagnósticos realizados pela Embrapa em áreas de produtores, na região Central do Estado, foram encontradas cerca de 20 espécies florestais e frutíferas - leguminosas ou não – consorciadas com lavouras de café.
“Além do benefício para o cafeeiro, essa prática agrícola fornece alimentos, lenha e madeira, além de forragem para animais, o que gera uma renda extra ao produtor”, diz a pesquisadora. Ela acrescenta que, além desses produtos serem usados para o sustento próprio e da família, o agricultor pode comercializar o excedente de produção e usufruir dessa renda o ano todo, e não somente da obtida com o café.
Sustentabilidade
Atualmente, a Embrapa Rondônia, tem desenvolvido pesquisas com o café arborizado para determinar indicadores econômico, ambiental e sociocultural para a sustentabilidade da lavoura. “O objetivo é que a produção e a produtividade sejam mantidas a um período de longo prazo”, afirma Vanda Gorete.
A pesquisadora orienta que, nesses sistemas, sejam utilizadas as tecnologias recomendadas para o manejo da lavoura de café como: poda, adubação, controle integrado de pragas e doenças, além dos cuidados com colheita e pós-colheita.
Participações
Também participam do dia de campo: Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac), Incra, Secrataria de Estado da Agricultura (Seagri), Associação de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater), Idaron, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Banco do Brasil e Prefeitura de Machadinho d’Oeste
Fonte: Embrapa
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