Quarta-feira, 4 de junho de 2008 - 23h18
Isabela Vieira
Agência Brasil
Rio de Janeiro - As Terras Indígenas (Tis) e Unidades de Conservação (Ucs) ajudam a deter queimadas e o desmatamento nas florestas brasileiras, principalmente na Amazônia. A avaliação é do pesquisador do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Judicael Clevelário. Hoje (4), o IBGE divulgou o estudo Indicadores de Desenvolvimento Sustentável.
"É claro que há desmatamento e queimadas nessas terras, mas é muito menos intenso do que no entorno delas", disse Clevelário. "Elas [terra indígenas e unidades de conservação] funcionam para conter esse processo. O fogo quase sempre tem origem do lado de fora dos limites protegidos".
Segundo a publicação do IBGE, as queimadas no Brasil, que costumam anteceder o desmatamento, tiveram uma redução de 50% entre os anos de 2004 e 2006, o que não significa, entretanto, queda considerável da prática utilizada para renovação de pastagens e liberação de áreas para pecuária e agricultura.
De acordo com o Clevelário, o dado divulgado no estudo revela apenas uma interrupção do uso crescente e elevado das queimadas nas florestas brasileiras entre os anos estudados. Ele pondera também que a pesquisa não conta com números atualizados, que demonstram a retomada da prática.
"Os dados da pesquisa não estão subestimados. Na verdade, não estão completamente atualizados. Não calculamos 2007 e 2008", explicou.
Os mapas da pesquisa do IBGE divulgados hoje mostram também que a utilização das queimada está concentrada na região chamada de Arco de Desmatamento, que abrange o sul e o leste da Amazônia Legal e avança em direção ao centro da floresta.
Segundo Clevelário, o avanço está ligado às atividades agropastoris, influenciadas pelo preço dos produtos no mercado externo. Ele não polemiza com a questão, mas alerta para a falta de controle das queimadas, conseqüentemente do desmatamento, que implica risco de a Amazônia se transformar em Mata Atlântica.
"Não estamos dizendo que não vai haver desmatamento, mas precisamos controlar o processo", disse. "Corremos o risco de transformar a Amazônia em Mata Atlântica: áreas abandonadas, em processo de degradação ambiental e estagnadas na pobreza. Acho que não vale a pena repetir esse modelo de desenvolvimento".
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