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Meio Ambiente

Pará terá apoio da França para debater economia florestal



A Embaixada do Brasil na França vai apoiar o governo do Pará na organização de um seminário para discutir com lideranças francesas a pauta ambiental do Estado. A realização do seminário foi proposta pelo embaixador José Maurício Bustani, durante visita da governadora Ana Júlia Carepa à Embaixada.

A visita integra o trabalho do governo do Pará visando o fortalecimento da agenda internacional, pautada pela busca de apoio aos projetos de desenvolvimento do Estado.

Nessa estada na Europa, Ana Júlia Carepa esteve em Londres (Inglaterra), onde se reuniu por dois dias com outras lideranças da Amazônia, entre as quais os governadores José de Anchieta Júnior (de Roraima) e Waldez Góes (do Amapá), e executivos das fundações do príncipe Charles.

Ao encerrar o evento, o príncipe sinalizou que poderá visitar o Pará ainda este ano, numa segunda etapa das discussões sobre a preservação do patrimônio ambiental da Amazônia.

Receptividade - Em Paris, o embaixador Bustani disse que, além do Reino Unido e da França, os temas relacionados à Amazônia encontram receptividade em países como Alemanha, Holanda, Suécia, Noruega e Dinamarca. Segundo ele, o Pará poderá buscar o apoio desses países para suas iniciativas voltadas ao meio ambiente.

A data do seminário ainda será definida, mas poderá ser no mês de novembro. O evento será elaborado junto com a Embaixada Brasileira, devendo reunir empresários, organizações sociais e instituições de pesquisa, dentre outros.

No contato com o embaixador Bustani, Ana Júlia Carepa enfatizou que o Pará quer implantar uma economia florestal sustentável, com base no reflorestamento, cujo programa está sendo concluído, e na recomposição florestal. “Só vamos conseguir combater o desmatamento se oferecermos uma opção tão atraente quanto a oferecida pela atividade madeireira, sobretudo a ilegal, que hoje remunera em cerca de 240 mil dólares por quilômetro quadrado”, enfatizou a governadora.

Ainda em Paris, a governadora do Pará se reuniu com lideranças ligadas a movimentos sociais, que propõem realizar no Pará um seminário para discutir as tendências desse segmento.

Estratégia - A produtividade da floresta plantada na Amazônia é 10 vezes superior à do Canadá, por exemplo, grande produtor de madeira do mundo. Além do programa de reflorestamento e recomposição florestal de áreas degradadas de Reserva Legal e Área de Proteção Permanente (APP), também com finalidade econômica, a governadora propôs na reunião de Londres subsidiar preços de produtos não-madeireiros, como óleos essenciais, fibras e frutas, uma estratégia para manter a floresta em pé.

A proposta da governadora é taxar as transações do mercado financeiro internacional (bolsas, câmbios, ações) em um percentual ínfimo, já que a atividade movimenta trilhões de dólares por dia, e com isso criar um fundo mundial para financiar as florestas tropicais do mundo. “Seria um mecanismo para remunerar pelos serviços ambientais que essas florestas prestam à humanidade”, enfatizou.

Ana Júlia Carepa defende a proposta afirmando que quem pressiona os recursos naturais é o consumo, não a pobreza. “Nada mais justo que taxar o capital, que é quem paga e tem dinheiro para pagar”, reiterou.

A proposta de financiamento das chamadas comodities florestais ainda requer uma ampla discussão política, iniciada pela governadora paraense. Ela confirmou ao embaixador Bustani que pretende tratar do assunto nos próximos dias com o presidente do Banco Central, Henrique Meireles, já que o assunto requer uma engenharia financeira.

Fonte: Agência Pará - Ivonete Motta 

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