Quarta-feira, 5 de março de 2008 - 12h28
Operação da Força Nacional em RO: Mais uma novela do Governo Federal
Ao todo serão 36 municípios visitados pela Força Nacional nos Estados de Mato Grosso, Pará e Rondônia. A intenção é coibir o avanço do desmatamento na Amazônia.
Daniel Panobianco - O Governo Federal começou na semana passada uma força tarefa, denominada Operação Arco de Fogo, com a Força Nacional de Segurança, Policia Federal, Ibama e outros órgãos ligados diretamente ao meio ambiente amazônico. Após constatar que o desmatamento cresceu muito ao final de 2007 agravado pela forte estiagem anormal que atingiu principalmente Rondônia e Mato Grosso somente agora o Governo se faz de ativo e lança mais uma de suas ações vistas pela sociedade e alguns veículos de comunicação como a real solução do problema.
O teatro de Marina Silva e Lula começou mais uma vez na Região Norte com esta operação. Como sempre e de costume, o governo Lula adora lançar operações para dizer que está atuando na Amazônia no combate ao desmatamento ilegal. Acontece que, assim como ocorreu no Pará semana passada, o grande foco da mídia em todo o Brasil atrapalhou muitas operações. É a velha história do fala-se muito, age-se pouco.
O exemplo vem de Tarilândia, no Pará, onde a Operação Arco de Fogo já fechou três madeireiras e cinco carvoarias, com destruição de 107 fornos. Foram apreendidos mais de 16 mil metros cúbicos de madeira ilegal e as multas aplicadas já chegam a R$ 1,79 milhão. Isso agora, no auge da operação. O que o Governo Federal deveria fazer era manter essa fiscalização, uma rotina permanente de combate ao desmatamento, mas como tudo no Brasil tem um momento final, passado o auê que agora estampa páginas de jornais e revistas e contamina a tv, tudo voltará como antes.
Em Rondônia, a operação começou com tudo. Muitos homens armados, viaturas, um verdadeiro esquadrão de guerra para vistoriar propriedades dos municípios que mais desmataram em 2007. Porto Velho, Machadinho d Oeste, Cujubim e Pimenta Bueno. Outras tantas como Costa Marques e Vilhena também devem ser visitadas pela comitiva do bem.
O governo age nesse momento como se todo rondoniense fosse devastador da Amazônia. Como se em Rondônia toda a população só pensasse em derrubar a mata, pois o que importa é o avanço do progresso, do desenvolvimento com as riquezas extraídas. Mais uma vez, a prova de que o pulso de Marina Silva e Lula são fracos demais dentro da maior floresta do mundo.
O que a Força Nacional deveria fazer era vistoriar, fiscalizar, multar e prender os grandes, os tubarões do desmatamento. Grandes empresários, fazendeiros e políticos que há anos promovem o desmatamento ilegal na Amazônia. O pequeno agricultor que já vive com dificuldades, o madeireiro que investe em sua empresa e emprega várias pessoas, esse povo não merece ser tratado agora como bandidos sendo recebidos por um comboio espetacular, digno de filme de ação.
A novela de Marina Silva e Lula até enfeita as cidades por onde a operação está passando. Algumas pessoas, pobres de orientação e esclarecimento até acreditam que agora a coisa vai dar certo. Se o governo diz que vai frear o desmatamento na Amazônia é porque vai mesmo!
Pobres pessoas de espírito e desconfiança. Não há operação, mais anunciada possível e ocorrendo de forma irregular visando apenas pegar o pequeno, o de baixo poder, que tudo será resolvido.
Se o incentivo dos governos locais fosse apenas para derrubar áreas permitidas, aquelas que não interfiram em ecossistemas, nascentes ou leitos de rios, tudo poderia ocorrer de mãos dadas em Rondônia. O desenvolvimento continuaria, com o cultivo da soja, a pecuária crescendo mais ainda e com isso cidades se desenvolvendo e estradas sendo abertas.
A verdade é que não existe governo, entidade ou ação planejada que vá frear o que nós vemos e acompanhamos há pelo menos 30 anos! Enquanto houver árvore em pé em Rondônia, o desmatamento continua!
Fonte: De olho no tempo
Rondônia se prepara para enfrentamento da estiagem de 2025
Rondônia está se aproximando do período de estiagem, o chamado “verão amazônico’’, que se estende de junho a novembro, onde as chuvas são escassas e a
Na manhã desta sexta-feira, 9 de maio, a comunidade de Nova Mutum Paraná se mobilizou em uma grande ação de cidadania e cuidado coletivo: o Mutirão
TCE de Rondônia cobra ações do Estado para evitar nova crise de queimadas em 2025
O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) reuniu, nesta sexta-feira (2/5), autoridades estaduais para cobrar ações concretas e coordenadas
Viveiro Municipal de Porto Velho amplia doações e distribuição de mudas em 2025
A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Sema) e do Departamento de Proteção e Co