Segunda-feira, 14 de julho de 2008 - 11h24
Luana Lourenço
Agência Brasil
Campinas - O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) decidiu responder com dados às críticas e aos questionamentos sobre a credibilidade da medição mensal do desmatamento da Amazônia pelo Sistema de Detecção em Tempo Real (Deter). Depois de três semanas de atraso, o instituto divulgará amanhã (15) o total de áreas devastadas registrado no mês de maio e, desta vez, os dados do satélite serão acompanhados de informações detalhadas sobre os registros de devastação da floresta.
O Inpe irá divulgar os números em conjunto com uma análise estática do desempenho dos dados e medir os diversos tipos de desmatamento: tanto aquilo que chamamos de corte raso, remoção total da floresta, quanto à remoção parcial, que o Inpe chama de desmatamento progressivo, porque é algo que está em andamento, adiantou hoje (14) o diretor do instituto, Gilberto Câmara.
O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, afirmou, há cerca de duas semanas, que a apresentação dos dados estava pendente a pedido da Casa Civil.
A análise vai resultar em informações cerca de 60 vezes mais detalhadas sobre alertas de desmatamento, segundo Câmara. O Deter não muda, a metodologia não muda, o que vamos fazer é fornecer informação adicional, que é a qualificação desses dados, acrescentou.
A mudança na forma de divulgação dos dados do Deter é uma resposta aos críticos da metodologia adotada pelo Inpe para alertas de desmatamento. Se alguém tem duvidas sobre o dado cientifico, é obrigação da instituição cientifica responder. Não é novidade que um resultado cientifico seja contestado: Galileu foi contestado, Pasteur foi contestado, Einstein também. O cientista tem que usar essas críticas e contestações como fonte de força, de indicações para o que precisa melhorar. Essa é nossa atitude , apontou Câmara.
Os governadores de Mato Grosso, Blairo Maggi, e de Rondônia, Ivo Cassol, já questionaram publicamente os dados do Inpe e chegaram a pedir revisão dos números de desmatamento medidos para tais estados.
O ministro da Ciência e Tecnologia, Sergio Rezende, afirmou que a finalidade da qualificação dos dados é justamente evitar guerra de números e o uso político das informações. O dado técnico passou a ser utilizado para controvérsias políticas. A partir de agora serão divulgados pelo Inpe, em São José dos Campos, e não por Brasília, não por outros ministérios, anunciou.
Rezende e o diretor do Inpe, Gilberto Câmara, participam da 60° Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). O encontro foi aberto ontem (13) e até sexta-feira (18) deve reunir cerca de 15 mil pessoas, entre cientistas, pesquisadores, estudantes e visitantes.
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