Terça-feira, 8 de abril de 2025 - 12h03
A semiótica, entendida como o estudo das
múltiplas formas de produção de sentido que atravessam a cultura, a linguagem e
a vida social, ganha uma nova contribuição no cenário acadêmico brasileiro. No
próximo dia 15 de abril, às 18h, será lançado na Pontifícia Universidade Católica
de São Paulo (PUC-SP) o livro “Entre semióticas”, publicado pela editora
Estação das Letras e Cores e organizado pelos professores Ana Claudia de
Oliveira, Amálio Pinheiro e Lucia Santaella — três nomes centrais no
desenvolvimento da área no país.
A obra apresenta matrizes das principais
vertentes semióticas cultivadas no Brasil, com especial atenção às três linhas
que fizeram história no Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica da
PUC-SP: a sociossemiótica, a semiótica da cultura e a semiótica peirciana. O
livro é, ao mesmo tempo, homenagem, testemunho e atualização crítica de um
campo em constante movimento.
“Este é um livro que fala tanto da história
quanto do presente da semiótica. Ele mostra como essa teoria da comunicação se
expandiu, dialogou com outras disciplinas e hoje ocupa um lugar de relevância
em pesquisas que vão da literatura às redes digitais”, afirma Lucia Santaella,
referência internacional nos estudos peircianos.
Na parte dedicada à sociossemiótica, Ana
Claudia de Oliveira destaca que essa vertente, com base em Greimas e renovada
por Eric Landowski, tem contribuído há décadas com uma visão crítica sobre o
social como construção de sentido. “Mais do que refletir a sociedade, o
discurso a constrói”, resume a pesquisadora.
Já na seção sobre a semiótica da cultura,
Amálio Pinheiro enfatiza a potência de uma visão que transcende dualismos
rígidos. “Trata-se de uma semiótica que lida com a convivência entre previsível
e imprevisível, entre tradição e fluxo migrante de objetos e linguagens. Uma
forma de pensar o mundo onde o binarismo já não basta”, explica.
Na parte dedicada à semiótica peirciana,
Santaella ressalta o legado criativo de Charles S. Peirce e sua atualidade para
pensar os desafios do presente. “A obra de Peirce nos oferece instrumentos
valiosos para lidar com os impasses da contemporaneidade, sem cair em
reducionismos. Seu pensamento continua abrindo caminhos para novas leituras e
invenções, tanto nas artes quanto nas ciências”, pontua.
Com textos de autores como Eric Landowski,
Winfried Nöth, João Queiroz, Yvana Fechine, Juliana Rocha Franco, Abreu Paxe e
outros nomes do cenário nacional e internacional, “Entre semióticas”aborda
temas que atravessam os estudos culturais, os regimes de sentido, a tradução
intersemiótica e os desafios epistemológicos e comunicacionais do mundo atual.
SOBRE O
PROGRAMA
Criado na década de 1970, o Programa de
Comunicação e Semiótica da PUC-SP é reconhecido por ter sido o primeiro no
Brasil a colocar a semiótica no centro das discussões comunicacionais.
Inicialmente focado na teoria literária, o programa se consolidou como um
espaço de inovação teórica, onde diferentes correntes da semiótica passaram a
se nutrir mutuamente.
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