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Leo Ladeia

Perdida na selva


Perdida na selva  - Gente de Opinião
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Bela, fulgurante e irascível como toda musa, Marina Silva, trocou o Acre por São Paulo, elegeu-se deputada federal, é “dona de partido”, famosa no planeta, mas na semana do índio ou dos povos originários, tropeçou na passarela e viu a sua indicação para presidir a Rede perder a eleição por quase 50 pontos. A fantástica e grande Marina virou anã. Desagregadora, Marina não traiu o seu parceiro Chico Mendes porque ele morreu antes, mas traiu até o seu mentor, D. Moacir Grechi, que sentiu a punhalada. Apesar das inúmeras trairagens até com Lula e o PT, ela é fiel às ONGs em função da grana que enviam para dominação da Amazônia e que o digam a Petrobras na nova fronteira de exploração de petróleo ou a nossa BR319. A chance de Marina receber um pé na parte externa que cobre seu uropígio é zero pois a COP 30 está aí e não fica bem, mas no final alguns terão de explicar o fiasco e Marina não terá Bolsonaro ou Ricardo Salles para apontar o dedo. Que coisa, um país enorme representado pela caricata e nanica Marina...

1.1-      Tragédia previsível, evitável e anunciada

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Antes que alguém diga que é preciso investigar, vou às causas antecedentes: 700 700 km até Porto Velho pela perigosa BR364 à noite, viagem não apropriada para uma grávida de alto risco e é difícil aceitar a desculpa de que a cidade de Vilhena não tenha condições para atender o caso. Um detalhe, se fosse em alguma aldeia indígena o DSEI teria um helicóptero para solução. O jornalista Carlos Araújo do Expressão Rondônia pergunta e eu, mortificado, assino embaixo: “Será que uma cidade do porte de Vilhena não deveria ter um grande hospital de referência para toda aquela região, com capacidade para realizar cirurgias de alta complexidade? E, caso seja necessário o deslocamento de uma paciente acompanhada de uma equipe não seria mais producente mandá-la em um avião, considerando a distância de 750 quilômetros e os riscos que a rodovia oferece?”. A viagem foi feita durante a noite e o acidente ocorreu ao raiar do dia, próximo a Porto Velho, quando o cansaço, o sono e a luz no lusco-fusco agem simultaneamente. Lástima.   

1.1-       Bis! Mais uma tragédia na BR364 

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E no mesmo fim de semana no calvário que é a BR364 uma nova tragédia . Em 1940 começaram os estudos para construir a estrada que ligasse Mato Grosso ao Acre e à Ferrovia Madeira Mamoré, a BR-029. Entre estudos e as primeiras obras foram 20 anos e só em 1960, o presidente JK ordenou a construção da BR-364, mas o trecho Vilhena/Porto Velho, permaneceu precário por várias décadas, com terra, lama, poeira, atoleiros e areia. As obras para a ligação Caceres/Ariquemes começa em 1981 e a pavimentação se dá em novembro de 1983. Precária no seu traçado desde o início - 41 anos - a BR364 pouco ou nada teve de conservação, manutenção e upgrade para os caminhões de grãos. A promessa de duplicação surgiu, mas não atende minimamente o que se espera dos órgãos e autoridades e infraestrutura. O engodo é que a partir de agora seremos pedagiados para que possamos morrer como moscas na BR364 ou se preferem, a “Estrada da morte”.                       

1.1-       Tiradentes e a derrama 

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21 de abril de 1789. A Coroa cobrava impostos atrasados da Capitania das Minas Gerais, de forma severa e compulsória pelo valor fixo de 1.500 kg/ano. A produção havia caído, mas não havia “barriga me dói”, tudo desde escravos, minas o que houvesse era confiscado. Revoltada a elite mineradora organizou um movimento separatista e Tiradentes foi em viagens arregimentando os apoiadores até que Joaquim Silvério dos Reis, também “entregou o ouro” delatou a conspiração para obter perdão da sua dívida e o resultado foi terrível. Tiradentes, mais pobre e com  cargo público de alferes, foi enforcado, esquartejado e qualquer semelhança com AMorais é mera coincidência. Aqui um reparo histórico: Esquecido por 100 anos, a república trouxe Tiradentes à tona com a narrativa de independência e abolição, uma boa discussão para historiadores, mas volto a Tiradentes. Hoje nossa carga de tributos é de 32,3% do PIB. A derrama de 1789 seria nada hoje, mas a sanha do estado - que substituiu aquela elite da coroa - em arrecadar é igual, como igual é o povo que paga a conta dos erros ou acertos. Qualquer semelhança com custo Brasil, insegurança jurídica, corrupção e roubalheira, não é mera coincidência.

1.1-       Morreu Francisco, o Papa pop

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O mundo católico amanheceu sem o seu pastor. Francisco, o jesuíta latino, foi um chefe da igreja católica do seu tempo. Um padre simples num cenário de conflitos internos e externos. A igreja católica era fustigada por ventos mundanos, perdida em crises financeiras e morais e pedia mudanças que foram enfrentadas por ele com cuidado. Viver a agenda woke e um mundo belicista e disruptivo foi o desafio diário e o saldo foi bem positivo. Com ele os cristãos católicos sentiram os ventos das mudanças e a igreja passou a conviver com os velhos e novos fieis, com as famílias não tradicionais como monoparentais, reconstituídas, extensas de várias gerações e origens, anaparentais, eudemonistas dos afetos e da solidariedade e as dos homoafetivos. O seu legado de combate à corrupção no Vaticano é talvez a marca mais importante dentro da igreja, mas foram relevantes as suas incursões ao aceitar e incluir a diversidade e aproximação ecumênica, ainda que não tenha obtido totalmente seus propósitos, pois afinal, tudo é um longo e penoso processo.

1.6- Último pingo 

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Que coisa... Ao rebater o The Economist que ousou falar do STF, os neurônios do Sêo Barroso deletaram sua fala “nós derrotamos o bolsonarismo”. É puro suco de sex, drogas & rock’n roll. “Uómi” virou meme internacional ao copiar o Maluco Beleza que prometeu “desdizer aquilo tudo que eu lhe disse antes”. Que coisa...

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