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Educação

No Dia do Professor, conquistas e desafios no processo de ensino-aprendizagem em Rondônia são destacados


Professora ministrando aulas com auxílio da tecnologia - Gente de Opinião
Professora ministrando aulas com auxílio da tecnologia

Nesta sexta-feira, 15 de outubro, é comemorado o Dia do Professor. Em Rondônia, a rede estadual de ensino conta com 11.251 professores que celebram, principalmente, os investimentos feitos pelo Governo do Estado em prol da categoria e também as melhorias no processo de ensino-aprendizagem.

Os investimentos chegaram a todas as escolas das aldeias de Espigão do Oeste que, agora, têm internet de boa qualidade, assistindo 277 alunos indígenas. Além de investimentos em infraestrutura, equipamentos e tecnologia, a Educação rondoniense conta com “heróis”, os professores, que estão sempre prontos para enfrentarem qualquer batalha para que esse ensino de qualidade chegue aos estudantes.

No município, distante aproximadamente 541 quilômetros de Porto Velho, dos 3.582 estudantes da rede estadual de ensino, 277 são indígenas. Ao todo, o município possui 13 escolas na jurisdição da Coordenadoria Regional de Educação (CRE), sendo seis no centro urbano, uma no distrito de Nova Esperança e seis escolas indígenas.

O coordenador da CRE, Adjalma Rocha, explica que cinco escolas atendem a comunidade Cinta Larga e uma atende o povo Suruí. “É emocionante falar do empenho dos nossos professores que trabalham com amor pela profissão. É um desafio muito grande levar a Educação para as escolas indígenas que ficam entre 90 e 200 quilômetros de distância. Uma equipe de supervisores, acompanhada pelo motorista, sai entre 3 e 4 horas da manhã para chegar 8 a 9 horas da manhã na unidade escolar da aldeia, para fazer o trabalho. Os supervisores já levam o almoço de casa, e geralmente retornam somente no final da tarde ou à noite”, relembra o coordenador, sobre os desafios enfrentados pela equipe.

Adjalma Rocha lembra ainda que, no início, a equipe tinha que descer até as aldeias para levar os kits alimentação e realizar a visita periódica nos estabelecimentos de ensino. Outro ponto que dificultou durante o período de pandemia, foi a falta de internet nas aldeias.

“Nosso maior gargalo era a internet que não tinha nas comunidades indígenas, porém, a Seduc realizou uma grande mobilização e hoje todas as escolas das aldeias de Espigão do Oeste têm internet de boa qualidade”, pontua Adjalma Rocha.

Os alunos das comunidades indígenas Suruí e Cinta Larga receberam atendimento dos professores e coordenadores durante a pandemia. A aluna do Ensino Médio do 3º ano da Escola Sertanista Benedito Brigido da Silva, Carina Cinta Larga, da terra indígena Roosevelt em Espigão do Oeste, afirmou, ao agradecer a dedicação dos professores, que “nós alunos indígenas, em nenhum momento pensamos em desistir, mas sim vencer cada desafio. Minhas aulas são tecnológicas, e já é um avanço muito grande dentro da minha aldeia”.

Professores levavam atividades impressas para os alunos durante a pandemia

BUSCA ATIVA
O programa “Busca Ativa” escolar do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) com o tema “Fora da escola não pode!”, desenvolvido pela Seduc, para resgatar os alunos que, durante a pandemia, por algum motivo, estavam afastados das atividades escolares, também foi executado pelos professores de Espigão do Oeste.
De acordo com o coordenador da CRE, no começo da pandemia, apenas 30% dos alunos realizavam as atividades escolares. “A CRE de Espigão do Oeste vem realizando diariamente a ‘Busca Ativa’. Partimos para a luta e contratamos carro de som; fui para as três rádios da cidade, no distrito, realizamos visitas. Junto com os professores, diretores, supervisores e técnicos, fizemos carreatas de mobilização, indo nos comércios, colocando cartazes, visitas em domicilio, sábado e domingo. Hoje, estamos com todos alunos ativos. Não temos nenhum estudante evadido”, frisou.
Com a adesão de Rondônia à campanha de Busca Ativa Escolar, todos os 52 municípios terão agora dados concretos que possibilitarão planejar, desenvolver e executar políticas públicas que contribuam para a inclusão escolar. De acordo com Kary Jean Falcão, chefe do Núcleo de Planejamento e Avaliação Externa, a ferramenta funciona com o acesso de ‘agentes comunitários’ que buscam saber a situação dos alunos que estão fora das salas de aula, a partir da coleta de informações básicas sobre as causas da evasão escolar.

DEMAIS CONQUISTAS
Das muitas conquistas dos professores da rede estadual de ensino, o gerente de recursos humanos da Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Nilson Vieira, ressalta que, mesmo em época de pandemia, o valor pago no último bimestre pelo Governo à categoria é quatro vezes mais do que os R$ 600 mil mensais previstos no acordo firmado, em 2019, com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintero).

O ensino à distância, pela internet, foi um dos maiores desafios já enfrentados pela categoria, que estava acostumada ao contato direto com os estudantes. No entanto, o Governo de Rondônia investiu recursos próprios, por meio do Programa de Apoio Financeiro às Escolas Estaduais (Proafi-Covid), para garantir o retorno seguro de professores e milhares de estudantes às aulas presenciais, no último dia 9 de agosto de 2021.

A medida tornou possível, por exemplo, a compra de computadores e acessórios de informática para implantação do ensino híbrido – presencial e remoto – na maioria das escolas da rede pública estadual, e a compra de 1,2 milhão de máscaras para distribuição aos estudantes no retorno às atividades escolares presenciais.

Foram distribuídos ainda outros insumos de proteção individual e coletiva, como protetores faciais e termômetros, aos professores e outros profissionais em educação que atuam nas escolas e Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) nos municípios.

O secretário de educação, Suamy Vivecananda, lembrou no reinício das atividades no Instituto Estadual de Educação Carmela Dutra que, com 195 mil estudantes matriculados na rede de ensino, o Estado conseguiu que, ao menos 48 mil alunos retornassem às aulas presenciais, cerca de 25% do total de matriculados nos 2º, 5º, 6º e 9º anos do ensino fundamental, e 3º ano do ensino médio.

“É muito bom ver a animação dos estudantes e profissionais, isso implica que devemos ser criteriosos quanto ao regresso, mas a expectativa é das melhores possíveis. Houve um planejamento realizado com excelência, buscamos as melhores ações para atingirmos as metas para voltarmos ao ensino presencial de forma segura”, disse Vivecananda.

Novas salas de aulas foram entregues pelo Governo de Rondônia

NOVOS INVESTIMENTOS
Os investimentos na construção de 171 novas salas de aula climatizadas, reforma de escolas, de instalações elétricas e hidráulicas, compra de mobiliário, de computadores e tabletes para aulas interativas, são estimados pela Seduc em mais de R$ 135 milhões.

A entrega ainda de 290 laboratórios de ciências, de livros para suporte ao ensino, melhoria do sistema de transporte escolar mediante aquisição de ônibus e implementação de medidas mais efetivas de controle sobre toda a frota, também integram as medidas que contemplaram o setor de educação.

JANELAS DIGITAIS
A Mediação Tecnológica (MT), setor da Seduc responsável pela gravação das aulas para atrair mais a atenção dos alunos do ensino fundamental, recebeu 480 notebooks para professores ministrantes, coordenadores e professores presenciais.

Para atender à escola da mediação, foram entregues mais 220 computadores de mesa, 200 televisores de 55 polegadas, 200 antenas receptoras de sinal de satélite, mais 197 notebooks para os coordenadores, 250 notebooks para os dez Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE), e houve a contratação de produtora para três estúdios de televisão.

O programa da “Mediação Tecnológica” nasceu com o intuito de promover o fortalecimento e a expansão do ensino de qualidade em regiões remotas, ou seja, uma ferramenta facilitadora do ensino, por meio da tecnologia. As aulas chegam com uma metodologia inovadora para o aprendizado dos estudantes em sala de aula.

A exemplo, o município de Espigão do Oeste possui cinco polos de “Mediação Tecnológica” na zona rural e mais três polos nas aldeias.  A ‘Mediação Tecnológica’ é o projeto mais importante que  Rondônia criou para encurtar distâncias com as comunidades.

Para Adjalma Rocha, a MT é vista pela comunidade como essencial. “Nossos alunos têm tirado de 940 a 980 pontos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Todos que se destacaram no Enem, foram ou são alunos do projeto”.O projeto atende o ensino médio do 1º ao 3º ano, com 13 componentes curriculares, além dos 12 componentes tradicionais, um a mais que é a Noções Básicas de Agroecologia e Zootecnia (NBAZ), no qual os alunos podem estudar agroecologia, zootecnia, plantações e criações do nosso Estado, por conta do potencial agropecuário que temos, além de estudar extrativismo.

Aulas on-line garantem ensino em regiões remotas

A Mediação Tecnológica atende alunos nos 52 municípios e disponibiliza conteúdo de mídia para suprir a demanda de toda a rede estadual de ensino. Atualmente, transmite ao vivo aulas, palestras, aulões preparatórios para exames nacionais e workshops dirigidos a servidores do setor da Educação.

325 TURMAS
A Central de Mídias do Estado, instalada na Escola Estadual de Ensino Médio Major Guapindaia, em Porto Velho, conta com uma estrutura de quatro estúdios, um deles equipado com uma lousa de vidro para facilitar as aulas das disciplinas que exigem o uso de cálculos, como matemática, física e química, entre outras.

Mais de 50 servidores atuam no setor, sendo 26 professores ministrantes de 13 componentes curriculares do ensino médio direcionados a mais de 6 mil alunos divididos em 325 turmas espalhadas pelos 52 municípios de Rondônia, administrados pelas 26 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs).

O professor doutor, Jéfferson Castro, é biólogo e técnico em agropecuária, responsável pelo componente curricular NBAZ. A gravação das aulas são animadas para chamar a atenção dos alunos do ensino fundamental. Ele relatou que, a única coisa que mudou com a pandemia foi a redução na intensidade da interação com os alunos. Essa interação continua via aplicativo de mensagens e vídeos encaminhados aos coordenadores das CREs.

AULAS INCLUSIVAS
As aulas inclusivas para alunos com e sem acesso à internet salvaram o ano letivo nas escolas estaduais na região de Machadinho d’Oeste e Vale do Anari, jurisdição da Coordenadoria Regional de Educação (CRE de Machadinho).

O trabalho em equipe de professores, gestores e técnicos da Gerência Pedagógica da CRE foi o grande aliado para vencer os contratempos e garantir o acesso ao ensino público, nos piores momentos da pandemia.

“Tivemos que nos reinventar”, afirmou a gerente pedagógico Léia Cristina Miquelino. Ela explicou que, até educadores com certa resistência ao uso de telefones celulares em sala de aula, passaram a usar os aparelhos como ferramenta pedagógica. Essa tecnologia terminou contribuindo para diminuir as distâncias entre professos e alunos, onde a presença física já não era mais possível.

ALIMENTO CULTURAL
Em Cacoal, a 500 km da Capital, a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Carlos Gomes encontrou uma maneira criativa para incentivar o hábito da leitura e lançou o Restaurante Literário Virtual. Por meio de um aplicativo de delivery on-line, os alunos estão disponibilizando um cardápio variado, que oferece salada de poesias, sopa de contos, moqueca de trava-línguas, farofa de parlendas, macarrão ao molho de advinhas, pizza de histórias em quadrinhos, vatapá de crônicas e cuscuz de fábulas.

Os pedidos, ao Restaurante Literário, podem ser feitos de segunda-feira à sexta-feira, no período matutino, entre às 8 horas e 11h30. No período vespertino, é possível realizar o pedido toda segunda-feira, quarta-feira e sexta-feira, das 14 horas às 17 horas. Para àqueles que gostam de ler à noite, o cardápio literário está disponível das 18 horas às 21 horas, às terças-feiras e quintas-feiras.

Salas de aulas móveis levam ensino profissionalizante aos rondonienses

ESCOLAS MÓVEIS
As Unidades Móveis fazem parte do projeto “Educação sobre Rodas”, lançado dia 1º de outubro, em Ariquemes. As atividades para levar educação profissional e gratuita a todo o Estado, consta do eixo da Educação no ‘‘Plano Estratégico Estadual 2019/2023”.

Para o governador Marcos Rocha, as escolas sobre rodas vão impulsionar o processo de levar Educação para o desenvolvimento local.

VEZ DOS EGRESSOS
O Estado conta também com o Plano Estadual de Educação para Pessoas Privadas de Liberdade e Egressas do Sistema Prisional. Aprovado pela Coordenação de Educação, Cultura e Esporte do Departamento Penitenciário Nacional, integrante do Ministério da Justiça e Segurança Pública, visa a ampliação e qualificação da oferta de educação, cultura e esporte nos estabelecimentos penais, para o quadriênio 2021 a 2024, em cooperação entre as Secretarias da Educação (Seduc) e da Justiça (Sejus).

O plano apresenta diretrizes de ensino para às unidades prisionais do Estado, contemplando ações e estratégias para ampliação da oferta e integração de atividades educacionais formais, não formais e profissionais. Em 2020 e 2021, o Estado adquiriu 306 notebooks para os estudantes da educação especial matriculados na rede estadual, além de 216 impressoras e escâneres para atender todas as salas de recursos multifuncionais. Foram destinados ainda 144 notebooks com a finalidade de implementação do projeto de educação tecnológica na área de robótica educacional para alunos com AH/Sd (altas habilidades/superdotação), desenvolvido nas salas de recursos multifuncionais das escolas estaduais na capital, Porto Velho, e vários outros municípios.

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