Porto Velho (RO) sexta-feira, 6 de junho de 2025
opsfasdfas
×
Gente de Opinião

Educação

Greve dos professores das universidade federais complica calendário de aulas


Amanda Cieglinski
Agência Brasil

Brasília – No domingo (17), a greve dos professores das universidades federais completará um mês. A paralisação, que conta com a adesão de 51 instituições, afeta a rotina dos estudantes que aguardam as negociações entre a categoria e o governo federal para que o semestre letivo possa ser retomado e concluído. Na Universidade de Brasília (UnB), além dos professores, os técnicos administrativos também cruzaram os braços, inviabilizando a maior parte das atividades acadêmicas.

Aluna do primeiro semestre de economia, Hayanne Ferreira acha que a greve é legítima, mas que a decisão dos docentes foi precipitada. Das cinco disciplinas que cursa neste semestre, apenas uma não foi interrompida. Com isso, ela prevê que vai ficar sem férias quando a greve terminar porque os professores que aderiram ao movimento terão que repor as aulas perdidas. “Vai ter prova fora de hora, suspenderam o calendário e vai ser preciso repor aula. Tem professor que não vai repor”, acredita.

A principal reivindicação dos docentes é a revisão do plano de carreira. Em acordo firmado no ano passado, o governo prometeu um reajuste de 4%, a incorporação de parte das gratificações e a revisão do plano para 2013. Os dois primeiros pontos já foram atendidos, mas não houve avanço na revisão da carreira. Uma nova rodada de negociação está marcada para terça-feira (19).

Na UnB, a decisão de paralisar as atividades é de cada professor, por isso os alunos se sentem “perdidos” em relação à greve. “Tanto as férias do meio do ano quanto as do fim do ano, ninguém sabe como vão ficar porque não sabemos quando começará o próximo semestre”, disse Raphaella Pinheiro, 19 anos, aluna de relações internacionais. Cinco dos seis professores com quem ela tem aula neste semestre aderiram à greve. “A maioria das matérias parou completamente. Tem professor que está passando exercício pela internet para a gente resolver, tem outros que vão encurtar o semestre na volta e a gente vai fazer a prova mais rápido. Outros vão considerar a matéria como dada, porque quando a greve começou 75% das aulas já tinham ocorrido. Outros vão repor tudo. Cada um vai fazer do jeito que quiser”, reclama.

Apesar das críticas, parte dos alunos apoia a paralisação. Em assembleia no dia 24 de maio, que contou com a presença de cerca de 600 pessoas, foi aprovada a greve estudantil, em apoio ao movimento inciado pelos professores. Uma sessão que reuniu os 46 centros acadêmicos da UnB no dia 29 manteve a decisão em uma votação apertada: 22 votos a favor da greve estudantil, 20 contra e duas abstenções.

Com a paralisação dos servidores, que começou na última segunda-feira (11), além das aulas, alguns serviços que são prestados à comunidade também ficaram interrompidos. A biblioteca da UnB, que é frequentada também por quem não é aluno da instituição, está de portas fechadas. “Sempre venho aqui para estudar, o espaço é bom. Mas agora fiquei meio sem opção”, conta Guilherme Macedo, 36 anos. Ele estuda administração em outra instituição, mas frequenta a UnB pela proximidade de sua casa.

Não só os alunos são afetados pela paralisação. A queda no movimento preocupa também quem trabalha na universidade. Edilma Queiroz, dona da banca de jornais que funciona no Instituto Central de Ciências (ICC) conta que nesta semana o movimento já caiu 90% em relação ao fluxo normal. “O impacto é total porque a gente tem que pagar todos os impostos, o aluguel, todos os encargos que a UnB também não abre mão, independentemente da greve. E a gente não sabe quando essa greve vai acabar”, diz.
 

Gente de OpiniãoSexta-feira, 6 de junho de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Campus Porto Velho Zona Norte abre 200 vagas para Pós-Graduação em Gestão em Educação a Distância

Campus Porto Velho Zona Norte abre 200 vagas para Pós-Graduação em Gestão em Educação a Distância

O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus Porto Velho Zona Norte, abrirá em breve as inscrições para o proces

UNIR conquista maioria dos prêmios em desafio de inovação da Rondônia Rural Show

UNIR conquista maioria dos prêmios em desafio de inovação da Rondônia Rural Show

A Universidade Federal de Rondônia (UNIR) foi destaque na 12ª edição do Rondônia Rural Show Internacional ao conquistar a maior parte dos prêmios do

Inscrições para cursos profissionalizantes em bioeconomia, em Porto Velho, seguem até sexta-feira, 6

Inscrições para cursos profissionalizantes em bioeconomia, em Porto Velho, seguem até sexta-feira, 6

O Centro de Artes e Esportes Unificado (Praça CEU), na Zona Leste de Porto Velho, receberá cursos profissionalizantes na área de bioeconomia. As ins

FIMCA Vilhena promove o I Congresso de Medicina do Cone Sul Rondoniense

FIMCA Vilhena promove o I Congresso de Medicina do Cone Sul Rondoniense

Nos dias 10, 11 e 12 de junho, a FIMCA Vilhena realizará o I Congresso de Medicina do Cone Sul Rondoniense, um evento voltado a acadêmicos de Medici

Gente de Opinião Sexta-feira, 6 de junho de 2025 | Porto Velho (RO)