Sexta-feira, 4 de julho de 2025 - 17h41
O
Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Rondônia (IFRO), Campus
Porto Velho Zona Norte, busca a formação de profissionais com sensibilidade
social, visão crítica e capacidade de inovação. Uma das mais recentes
expressões desse compromisso foi a defesa do Trabalho de Conclusão de Curso
(TCC) intitulado "ODS Adventure: Uso da Gamificação no Ensino dos 17
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável para Crianças Autistas",
desenvolvido pelos estudantes do Curso Superior de Tecnologia em Sistemas para
Internet: Gabriel Morais e Daniel Gaio.
Orientado
pelos Professores Ivanilse Calderon e Felipe Maia, o projeto propõe uma solução
tecnológica inclusiva para um desafio real: promover o acesso de crianças com
Transtorno do Espectro Autista (TEA) ao conhecimento sobre os Objetivos de
Desenvolvimento Sustentável (ODS), propostos pela ONU (Organização das Nações
Unidas). Para isso, os estudantes desenvolveram o protótipo de um jogo
educacional no estilo RPG, que utiliza recursos de gamificação como ferramenta
pedagógica acessível, lúdica e significativa para esse público.
A
proposta foi estruturada com base no Design Thinking e no modelo Double
Diamond, conduzindo todas as etapas do desenvolvimento — da empatia com o
público-alvo à entrega do protótipo funcional. O jogo está, atualmente, em fase
de avaliação por especialistas como psicopedagogos, terapeutas e educadores,
que analisam sua aplicabilidade e impacto na aprendizagem.
Para
Gabriel Morais, a experiência foi transformadora: “Desenvolver o ODS
Adventure foi muito especial. A ideia de criar um jogo que ensina os 17 ODS
para crianças autistas nos motivou desde o começo. Aprendi muito, não só sobre
programação, mas também sobre inclusão e como a tecnologia pode ter um papel
social importante”. O acadêmico também destacou o desejo de seguir aprimorando
a proposta: “Os próximos passos envolvem desenvolver o jogo por completo,
testá-lo com crianças autistas da educação básica e registrá-lo no INPI”.
Daniel
Gaio, coautor do projeto e estudante autista, trouxe uma dimensão ainda mais
profunda à proposta. “Como autista, esse projeto teve um significado ainda
maior pra mim. Pude usar minha experiência pessoal pra ajudar a pensar em como
o jogo poderia ser mais acessível e acolhedor. Aprendi muito sobre como adaptar
a tecnologia pra diferentes formas de aprender”, afirmou.
A
apresentação do trabalho foi acompanhada por uma banca avaliadora composta
pelos docentes Mariela Tamada, Alan Jhone, Renato Almeida e Francelena Arruda,
que destacaram a relevância e a sensibilidade da proposta. Para Alan Jhone,
Coordenador do Curso de Sistemas para Internet, o trabalho representa “uma
significativa contribuição para a educação ao integrar dois temas de extrema
relevância: os ODS e a educação inclusiva”. Ele também ressaltou o
comprometimento da equipe e o potencial prático da iniciativa.
A
Professora Mariela Tamada apontou que o projeto foi construído de forma
transversal, com base em diversas disciplinas do curso, destacando sua
criatividade e propósito social. Já a Professora Francelena Arruda avaliou que
a proposta atende de forma adequada às necessidades pedagógicas de crianças com
TEA, promovendo o equilíbrio entre estímulo e desafio no processo de
aprendizagem.
O
percurso dos estudantes, especialmente o de Daniel Gaio, foi acompanhado com
proximidade e afeto pela psicopedagoga Alderlene da Silva Costa, que relatou o
impacto emocional de ver o projeto chegar à defesa. Para ela, o trabalho é
fruto de acolhimento, parceria e superação. “Daniel enfrentou inúmeros desafios
ao longo do caminho, mas sua conquista é prova de que, com apoio e
sensibilidade, é possível superar barreiras. O papel de Gabriel também foi
essencial, não apenas como parceiro de trabalho, mas como suporte afetivo e
acadêmico”. Alderlene também destacou a presença constante da família de Daniel
como base fundamental para que ele não desistisse. “Cada pequena conquista foi
uma grande vitória”, completou.
Mais
do que uma entrega acadêmica, o ODS Adventure reafirma o papel do IFRO Campus
Porto Velho Zona Norte como instituição comprometida com a formação cidadã,
ética e inclusiva. Os docentes apontam que projetos como esse mostram que a
tecnologia, quando orientada por valores humanos, pode se transformar em ponte
entre conhecimento, empatia e transformação social.
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