Quarta-feira, 11 de junho de 2025 - 08h00
Iniciativa nasceu em comitê do Fórum das Microempresas e
levou seis anos de articulações até a criação do regime em 2008.
Em julho de 2002, o Fórum Permanente das Microempresas e
Empresas de Pequeno Porte (FPMPE), do qual o Simpi era membro fundador,
enfrentava um desafio urgente: a dificuldade de transição da informalidade para
a formalidade no Brasil. Naquele momento, estimava-se que existiam quatro
empresários informais para cada formal, cenário impulsionado por uma carga
tributária elevada e complexa. Durante as reuniões do Comitê de
Desburocratização do Fórum, surgiu a proposta de criar um modelo intermediário
de formalização. A ideia era simples e poderosa: um sistema com mínima
burocracia para abertura de empresa e recolhimento de impostos, que facilitasse
a regularização de pequenos empreendedores. O conceito ganhou corpo ao longo de
seis anos de trabalho conjunto com técnicos da Receita Federal. Em julho de
2008, nascia oficialmente o Microempreendedor Individual (MEI) — um nome
acessível e com grande apelo popular. O modelo foi um sucesso imediato em todo
o país. Em 2010, o Simpi, em parceria com o Sebrae, a Caixa Econômica Federal e
o Banco do Brasil, conseguiu formalizar, treinar e abrir contas bancárias para
mais de 12 mil novos MEIs apenas em Porto Velho (RO), incluindo a liberação de
cartões de crédito. No entanto, com o crescimento do número de MEIs, vieram
também os desafios. O limite de faturamento anual inicial, de R$ 36 mil,
permaneceu inalterado até 2011, quando foi proposto pelas grandes organizações
a elevação para R$ 42 mil. O Simpi, no entanto, já defendia um valor mínimo de
R$ 72 mil, além da possibilidade de contratação de dois funcionários. O limite
de apenas um empregado gerava um efeito colateral: muitos MEIs contratavam um
segundo colaborador de forma informal, o que resultava em ações trabalhistas e,
em muitos casos, levava o pequeno negócio à falência.
Diante do problema, o então senador Acir Gurgacz foi
procurado pelo Simpi para apresentar uma proposta legislativa que ampliasse o
faturamento e o número de funcionários permitidos. Ele elaborou o Projeto de
Lei do Senado PLS 195/2010, que tramitou rapidamente na Comissão de Justiça e
recebeu apoio da então presidente Dilma Rousseff, que destacou o potencial de
criação de mais de 3 milhões de empregos com a mudança. Em entrevista recente,
o senador relembrou o episódio: “O que motivou a gente a abraçar a causa do MEI
é a importância que ele tem para a economia dos nossos municípios, do nosso
estado e do nosso país. A partir do MEI, trouxemos muitas pessoas para a
legalidade, com benefícios, formando uma rede de microempresários em todo o
Brasil. Foi num encontro com o Leonardo, do Simpi, em Porto Velho, que o
problema foi apresentado e me pediram ajuda. E nós atendemos. Se não fosse o
Simpi, eu não teria feito esse PLS em 2010.” O senador também destacou que,
apesar de algumas resistências no Congresso, o projeto ganhou força: “Foi um
trabalho muito bacana, com muitas reuniões e diálogos. À medida que
explicávamos o impacto do MEI, mais parlamentares aderiam à causa. O Simpi foi
fundamental, sempre trazendo dados e nos munindo de argumentos técnicos para o
debate.” Embora o projeto não tenha sido aprovado integralmente, ele garantiu
um aumento expressivo no teto de faturamento, que passou para R$ 60 mil anuais
— valor que trouxe novo fôlego e segurança jurídica aos microempreendedores
individuais em todo o Brasil
Assista: https://youtu.be/9vhLs-1dLD0
Indústria
e serviços em queda! Brasil em recessão?
De acordo com análise do economista Otto Nogami, dois
importantes indicadores divulgados no início deste mês reforçam a percepção de
que o setor produtivo nacional enfrenta um período de retração. São eles a
Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física, apurada pelo IBGE, e o Índice de
Gerente de Compras (PMI), calculado pela S&P Global, ambos considerados
termômetros relevantes da atividade econômica no país. O PMI, que mede o
desempenho tanto da indústria quanto dos serviços, apresentou sinais claros de
desaquecimento. No setor industrial, o índice caiu de 50,3 para 49,4 pontos.
Nogami explica que qualquer pontuação abaixo da linha dos 50 pontos indica
contração na atividade. Isso significa que, após um período de leve expansão, a
indústria passou a registrar uma desaceleração concreta, apontando para um
cenário de retração.
Já no setor de serviços, houve uma leve recuperação, com o
indicador subindo de 48,9 para 49,6 pontos. Ainda assim, o patamar continua
abaixo do nível que indicaria crescimento, o que evidencia que a melhora não
foi suficiente para reverter o movimento de queda. Mesmo com essa oscilação
positiva, o setor permanece em uma trajetória de contração. A combinação dos
dois resultados forma o PMI composto, que também registrou queda: de 49,4 para
49,1 pontos. Esse dado sintetiza a dificuldade enfrentada pela economia como um
todo, ao mostrar que os principais motores da atividade – indústria e serviços
– seguem operando em um ritmo insuficiente para sustentar o crescimento. “Isso
confirma que a economia como um todo está operando abaixo do necessário para
garantir crescimento”, observa o economista.
Esse cenário é corroborado pelos dados da Pesquisa
Industrial Mensal divulgada pelo IBGE. Embora o mês de abril tenha registrado
uma variação positiva de 0,1%, o desempenho não anula a trajetória de queda
acumulada nos últimos 12 meses. O crescimento residual não se sustenta diante
de um panorama mais amplo de desaceleração, evidenciando que a atividade
industrial segue enfraquecida. A leitura dos dados dos quatro primeiros meses
do ano, portanto, aponta para um início de 2025 marcado por retração nos
setores que mais impactam o desempenho do Produto Interno Bruto. “Esses
resultados vão se refletir diretamente no desempenho do PIB ao longo do ano. É
urgente reverter esse ciclo para evitar um aprofundamento do efeito recessivo”,
alerta Nogami. Apesar do cenário desafiador, o economista acredita que ainda há
margem para reação nos próximos trimestres. Para isso, será fundamental adotar
medidas que incentivem a retomada da atividade, restaurando a confiança de
empresários e consumidores e criando condições para que a economia volte a
crescer de forma sustentável
Assista: https://youtu.be/ey1D6nS2yrk
Receita
Federal com nova e boa proposta para “Dívida Ativa”
O advogado Marcos Tavares explica que, no início deste mês
de junho, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional publicou um novo edital de
transação tributária. Esse edital permite que dívidas inscritas em dívida ativa
pela Procuradoria possam ser negociadas. O foco principal está nas pequenas
empresas, no MEI e em dívidas consideradas irrecuperáveis ou de menor valor,
mas a negociação abrange dívidas de até 45 milhões de reais. Os descontos podem
chegar a 100% sobre juros, multas, encargos legais e despesas processuais. As
formas de parcelamento incluem opções de até 114 parcelas, ou até 133 parcelas
para MEIs e pessoas físicas. A negociação se aplica apenas às dívidas inscritas
em dívida ativa, ou seja, aquelas que já estão em cobrança pela Receita Federal
e encaminhadas à Procuradoria. Dívidas ainda não inscritas não são abrangidas
pelo edital. As empresas interessadas devem acessar o site
www.regularize.pgfn.gov.br, consultar suas dívidas e optar pela modalidade de
parcelamento mais adequada. A Procuradoria fará análise dos valores, do tempo
de cobrança e da capacidade de pagamento da empresa para aprovar ou não a
modalidade escolhida, podendo também indicar outras formas de pagamento. O
prazo para adesão termina em 30 de setembro de 2025. Marcos Tavares recomenda
que as empresas verifiquem suas pendências e busquem alternativas para se manterem
regulares. A regularização facilita o acesso a compras públicas, negociações e
condições de crédito. Após a adesão, é fundamental manter o parcelamento e os
débitos tributários vincendos em dia para evitar o cancelamento do acordo. O
edital inclui ainda pessoas jurídicas com CNPJ cancelado ou baixado.
Assista: https://youtu.be/sJjRe4Y5BpA
Novo
Pix o “Automático” já a partir do dia
16/06
O Banco Central (BC) lançou na última semana, o Pix
Automático, nova funcionalidade que permitirá o agendamento de pagamentos
recorrentes, como contas de luz, mensalidades escolares, academias e serviços
por assinatura. A novidade permitirá que o usuário autorize o débito automático
uma única vez como contas de telefone, agua, energia, dispensando a necessidade
de repetir o pagamento a cada cobrança. A ferramenta será gratuita para quem
paga e estará disponível a partir de 16 de junho nos principais bancos do país.
“O Pix é o dinheiro que anda na velocidade do nosso tempo”, afirmou o
presidente do BC, Gabriel Galípolo. Segundo ele, a nova modalidade trará
benefícios tanto para empresas, que poderão cobrar automaticamente com menor
custo, quanto para milhões de brasileiros que não têm cartão de crédito,
ampliando o acesso a serviços. A funcionalidade já começou a ser usada de forma
experimental pelo Banco do Brasil, que implantou o Pix Automático no fim de
maio. A partir da liberação oficial, pessoas físicas poderão autorizar
pagamentos recorrentes a empresas, estabelecendo limites como valor máximo e
frequência. De acordo com o BC, o processo funcionará da seguinte forma: antes
de cada pagamento, a empresa envia a cobrança ao banco, que agenda a transação
e notifica o cliente. O usuário poderá conferir os dados antes do débito ser
efetivado. O Pix Automático reúne comodidade, facilidade e controle,
consolidando mais uma etapa na expansão da ferramenta que, só em 2023,
movimentou mais de R$ 26 trilhões em transações.
Assista: https://youtu.be/FiPjTaU6xdM
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