Domingo, 17 de novembro de 2024 - 08h20
Os bois-bumbás
Flor do Campo e Malhadinho são os protagonistas do Duelo na Fronteira, festival
folclórico de Guajará-Mirim, que acontece neste fim de semana. Criados na
década de 1980, esses bois resgatam histórias e contribuem para a preservação
das identidades culturais, celebrando as heranças indígenas e caboclas da
região.
Neste ano, o
boi-bumbá Flor do Campo levará para a arena o tema “Terra de um povo mestiço”.
Criado em 1981, foi o primeiro boi a surgir em Guajará-Mirim, resultado do
trabalho da professora Georgina Ramos da Costa.
O Flor do
Campo é conhecido pelas cores vermelha e branca. Inicialmente, o boi foi
confeccionado com materiais recicláveis, como sucatas, cipó e papelão, com o
objetivo de se apresentar nas festas juninas das escolas públicas do município,
onde recebeu o apelido de “Famosinho”.
O nome Flor do
Campo foi inspirado no Pará, estado natal de Georgina. Na época, o boi dançava
no estilo maranhense, com muitos enfeites e brilhos, refletindo as
características nordestinas do Bumba Meu Boi.
Ao longo dos
anos, o boi passou a incorporar influências amazônicas, absorvendo lendas do
folclore e da mitologia indígena, o que enriqueceu ainda mais suas
apresentações. Com isso, o Flor do Campo passou a apresentar atributos típicos
do Boi-Bumbá.
Por outro lado, o boi-bumbá Malhadinho se apresentará com o enredo
“Tekohá - este chão é nossa essência”. Criado em 1986 por Leonilso Muniz de
Souza, com o apoio do amigo Aderço Mendes da Silva, o boi tinha como objetivo
tirar crianças das ruas, oferecendo uma ocupação para o tempo ocioso.
Inicialmente, o boi era confeccionado em madeira, cipó, compensado,
veludo e pregos, e suas cores eram preto e branco. As fantasias eram produzidas
com papelão, penas, papel, lantejoulas e outros materiais. Com o tempo, o boi
passou a adotar as cores azul e branca.
Após a criação dos dois bois, o festival foi instituído a partir de um
projeto da União Municipal das Associações de Moradores de Guajará-Mirim
(Umam), com o apoio da Universidade Federal de Rondônia (Unir). A primeira
edição aconteceu em 1995.
A programação do festival tem como objetivo apresentar as diversas
manifestações culturais da região, destacando a história e a tradição de seu
povo, composto por várias etnias indígenas, pela população negra remanescente
dos quilombolas do Vale do Guaporé, pelos seringueiros e outros personagens
históricos da região.
O Duelo da
Fronteira começou
na sexta-feira (15) e segue até segunda-feira (18), com
entrada gratuita. Na sexta-feira, as atrações musicais foram os cantores Mano
Walter e Thaeme & Thiago, e a arena ficou lotada. As apresentações dos
bois-bumbás acontecem neste sábado e domingo.
A festa é
organizada pela Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer
(Sejucel), em parceria com a Associação Waraji e a Prefeitura de Guajará-Mirim.
O evento também conta com o apoio da Assembleia Legislativa de Rondônia, que
destinou recursos financeiros por meio de emendas parlamentares.
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