Porto Velho (RO) terça-feira, 16 de abril de 2024
opsfasdfas
×
Gente de Opinião

Cultura

Artista de Guajará-Mirim expõe críticas na Ivan Marrocos

A artista que começou a produzir profissionalmente a partir de 2019 ocupa o saguão da Ivan Marrocos com 20 trabalhos preparados para a exposição até o dia 3 de agosto. A pandemia, a diabetes e a corrupção têm um destaque especial na visão de Nasartes.


A crise no parlamento. A artista retrata na tela  Dinheiro na cueca e nas meias a realidade da política brasileira. - Gente de Opinião
A crise no parlamento. A artista retrata na tela Dinheiro na cueca e nas meias a realidade da política brasileira.

Ela nasceu na Pérola do Mamoré como  Maria de Nazaré Alves de Carvalho, depois de adulta ganhou asas e decidiu partir para o velho  mundo. Foi parar em Portugal. Lá conheceu o homem com quem casou e adicionou ao seu nome, o sobrenome Laginha, mas na verdade quer que todos a conheçam como Nasartes. E como apareceu esta conjunção sugestiva e evidente? Ela explica que não tem mistério, “só juntei o Nasa de Nazaré à artes e deu nisso”.

Passando uma temporada em Guajará Mirim, que acabou mais longa do que o planejado, Nasartes está expondo 20 trabalhos recentes no saguão da Casa de Cultura Ivan Marrocos. A mostra que estreou no dia 20 de julho fica exposta ao público até  o dia 3 de agosto. “Já deveria ter retornado à Portugal, mas a pandemia me impediu”,  esclarece. Sorte dos admiradores das artes plásticas da nossa região, que têm a oportunidade de conhecer o trabalho desta artista com vivência fora do Brasil.

Pintar telas é uma nova descoberta, que começou a cerca de dois anos. Ela conta que antes fazia umas pinturas bem infantis, “não nasci com talento e nem com dom”, confessa  e diz que se dedicava ao artesanato “fazia umas besteirinhas”. Mas a amiga Cristina faz uma intervenção e corrige,  e diz que “artesanato também é arte e precisa ser valorizado como tal”.   Desde então começou a estudar e a se aprofundar no conhecimento das artes plásticas, a fim formar uma boa bagagem e partir para novos horizontes, inclusive  na província de Lagos, onde mora em Portugal. O trabalho de pintura também funciona como hobby e ajuda a acalmar a artista que diz que é muito agitada. O faturamento com as vendas entra como uma renda extra. “Mas não é muito fácil vender”, arremata.

A exposição tem um caráter  pessoal bem acentuado. Nasartes procura traduzir com o seu  trabalho um  retrato crítico da sociedade, a partir do momento ímpar  da pandemia,  com a presença  do corona vírus  (covid-19), que ceifou milhares de vidas, a corrupção estabelecida no Brasil e as perdas de familiares e amigos.

Recentemente a artista perdeu o  irmão Eduardo, que aos 54 anos foi vitimado pelo agravamento da diabetes.  Para retratar a vida dele Nasartes criou a tela A Casinha na qual usou seringas,  lancetas e canetas , materiais utilizados no tratamento da doença. “Também apliquei vidro, para trazer a memória um acidente que sofri há uns dez anos”.

Para marcar o tempo de aprisionamento provocado pelo isolamento social Nasartes criou uma tela com grades e máscaras. E para marcar sua indignação quanto à corrupção criou a tela Ratos do Porão com o símbolo da justiça e Dinheiro na Cueca e Meias.

A exposição fica na Ivan Marrocos somente até o dia 3 de agosto. O horário de funcionamento é das 8:00 às 18:00, de segunda a sexta-feira. 

Galeria de Imagens

  • A pandemia pelo mundo. Doses das vacinas que imunizam vidas.
    A pandemia pelo mundo. Doses das vacinas que imunizam vidas.
  • Ratos no Porão é outra crítica à conduta moral e social daqueles que deveriam ser exemplo para os brasileiros.
    Ratos no Porão é outra crítica à conduta moral e social daqueles que deveriam ser exemplo para os brasileiros.
  • A Casinha um trabalho para guardar na memória a morte prematura de um ente querido, vitima da diabetes.
    A Casinha um trabalho para guardar na memória a morte prematura de um ente querido, vitima da diabetes.
  • O Choro. O retrato da solidão trazida pela pandemia do Corona Vírus.
    O Choro. O retrato da solidão trazida pela pandemia do Corona Vírus.

Gente de OpiniãoTerça-feira, 16 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Inscrições abertas para o Festival Amazônico de Teatro - edição 2024

Inscrições abertas para o Festival Amazônico de Teatro - edição 2024

Estão abertas as inscrições para participação no Festival Amazônico de Teatro – FAT edição 2024.  Artistas, grupos, companhias e afins residentes na

O Teatro Vai à Escola segue com agenda aberta

O Teatro Vai à Escola segue com agenda aberta

O projeto O Teatro Vai à Escola, desenvolvido pela Cia de Artes Evolução, continua com agenda aberta. As instituições de ensino, ainda podem realiza

Governo de Rondônia realiza busca ativa da Lei Paulo Gustavo em Cacoal

Governo de Rondônia realiza busca ativa da Lei Paulo Gustavo em Cacoal

A Secretaria Estadual da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer de Rondônia (Sejucel-RO), convida todos os fazedores de cultura para as Buscas Ativas d

 Editais de fomento à cultura são permitidos em ano eleitoral

Editais de fomento à cultura são permitidos em ano eleitoral

A Advocacia-Geral da União (AGU), após ser provocada pelo Ministério da Cultura (MinC), manifestou-se por meio do Parecer 19/2023/CNDE/CGU/AGU sobr

Gente de Opinião Terça-feira, 16 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)