Porto Velho (RO) domingo, 28 de abril de 2024
opsfasdfas
×
Gente de Opinião

Viriato Moura

CALA A BOCA DOUTOR!



Saber o que, como e quando informar adequadamente sobre o estado de saúde dos pacientes que assistem é uma arte dominada por um seleto grupo de médicos.

As faculdades de medicina não dão atenção devida ao assunto. Muitas sequer tratam dele.  Esquecem que a relação médico-paciente começa por um diálogo. O médico, através da anamnese, busca obter uma histórica clínica  que será complementada por exame físico e por exames complementares para  que ele possa concluir o diagnostico ou diagnósticos dos pacientes que assiste.

O médico que informa o que não deve a seus pacientes pode causar-lhes danos importantes. Antes de falar, oCALA A BOCA DOUTOR! - Gente de Opinião profissional precisa quantificar e qualificar o que vai dizer ao tempo em que deve escolher o melhor momento para fazê-lo.

Há médicos, lamentavelmente, que falam para seus paciente sobre o estado de saúde deles como se eles, os pacientes, não tivessem envolvimento pessoal com o problema, não os estivessem vivenciado. Pensando alto, vão proferindo um palavreado em “mediques” que pode assustar o enfermo. Se agir assim antes de chegar a conclusão diagnóstica corre um risco maior de diagnosticar erroneamente.

Um médico especialista em diagnostico por imagem, por exemplo, não deve comentar com o paciente que examina os achados em seu exame.  Simplesmente porque, em muitos casos, somente a imagem não autoriza quem quer que seja a fazer um diagnóstico de certeza. Faz-se preciso, por óbvio, que as imagens encontradas se compatibilizem com a história e com exames clínicos e laboratoriais.    

O modo mais concreto e inquestionável de o médico mostrar conhecimentos que interessam a seus pacientes é curá-los ou, pelo menos, que ele atenue seus sofrimentos no limite máximo que a medicina atual permite. Portanto, primeiro ter o diagnostico de certeza; depois, informar ao paciente e até a seus afins, se for o caso, sobre diagnóstico, medidas terapêuticas e prognóstico da doença a ser tratada. No caso de doenças que põem em risco a vida do doente, jamais manifestar-se a propósito sem que o diagnóstico seja definitivo.   O modo como essas informações serão dadas pelo médico a seu paciente pode fazer uma grande diferença no doravante do enfermo e até no resultado de seu tratamento. 

Como se sabe, nem todas as doenças são curáveis; por isso o médico quando não tem meios para curar, deve  tentar aliviar os padecimentos de seu paciente. E, mesmo quando isso não for possível, ainda lhe restará consolá-lo. A função maior desse profissional é provocar bem-estar nos doentes que assiste. Qualquer ato médico deve preservar esse pressuposto. O médico precisa ser mensageiro de alento, de esperança. Por isto, quando ainda não tiver certeza o que, como e quando informar  a seu paciente sobre as condições de saúde dele, a melhor conduta é esperar essa certeza chegar. Na dúvida: cala a boca doutor!

Gente de Opinião Gente de Opinião

Fonte: Viriato Moura / jornalista DRT-RO 1067 - [email protected]
Gentedeopinião
/ AMAZÔNIAS / RondôniaINCA / OpiniaoTV / Eventos
Energia & Meio Ambiente
/ YouTube / Turismo / Imagens da História

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoDomingo, 28 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Viriato Moura doa documentos ao Centro Cultural e de Documentação Histórica do Judiciário de Rondônia (CCDH)

Viriato Moura doa documentos ao Centro Cultural e de Documentação Histórica do Judiciário de Rondônia (CCDH)

O Centro Cultural e de Documentação Histórica do Judiciário de Rondônia (CCDH), vinculado à Escola de Magistratura do Estado de Rondônia (Emeron), r

Sem solidariedade e compaixão, ainda que saiba medicina, o médico não fará uma boa medicina

Sem solidariedade e compaixão, ainda que saiba medicina, o médico não fará uma boa medicina

As crianças ouvem tanto “não faça isso”, “isso não pode”, “isso faz mal” e tantas outras reprimendas que podem conclui que viver faz mal à saúde. O

A previsibilidade, num confronto, abre caminho para a derrota

A previsibilidade, num confronto, abre caminho para a derrota

A fé no imponderável, no divino, dá vida mais longa à esperança.O silêncio é duvidoso.A insegurança convence mais que a segurança.Quem nunca diz o q

Gente de Opinião Domingo, 28 de abril de 2024 | Porto Velho (RO)