Terça-feira, 4 de novembro de 2008 - 00h00
Que Rondônia é um estado em formação, um estado jovem, ninguém duvida. Porém, também já está criando uma tradição, festas, ditos, costumes e falares que são bastante típicos e mostram nossa adaptação e criatividade. É evidente que esta cultura em formação é mais forte em regiões mais tradicionais como Guajará-Mirim, em cidades ribeirinhas menos influenciada pelos migrantes, mas, também em Porto Velho, uma capital marcada pela tradição cosmopolita mesmo com a improvisação urbana e de infra-estrutura que ainda apresenta. Porto Velho ainda é a menina-moça cheia de espinhas que poucos adivinham será modelo internacional.
Especificamente em Porto Velho a mistura de raças, costumes e falares é um traço típico de uma cidade que já começou internacionalizada. Não se pode nem se deve esquecer que, quando se idealizou a cidade para apoiar a Estrada de Ferro Madeira Mamoré, foi criado um núcleo urbano moderno com água tratada, energia elétrica, saneamento e até jornal em inglês que, na sua época, era mais organizada que o Rio de Janeiro, então capital do país. Não há dúvida que há contribuições, em especial lingüísticas de todos os lados, todavia, por tempo de serviço acabou prevalecendo às colaborações que vieram dos nossos vizinhos nortistas, o Amazonas, o distante, mas influente no passado, Pará e, mesmo através deles, de estados do Nordeste. Há uma herança, que já foi mais evidente, na fala cantada do porto-velhense, no sotaque local, dos nordestinos, especialmente os cearenses. Expressões como o nosso tradicional quissó, ou seja, quente pra danar (demais) é característico do Ceará, tanto como o conhecido ramupubanhu (= vamos pro banho) que agrega o ramu (vamos, cearense) ao banho (nosso) que, por lá, até por falta de água não é comum. Do mesmo berço provém expressões como leso (abestalhado) ou se lascar, que não é se partir em pedaços e sim perder o rumo, a direção, ficar perdido para não cair no palavrão.
Há muito mais, contudo, não me guia fazer uma incursão pelo falar portovelhense e sim louvar sua criatividade e adaptação que é famosa pelo saquinho, a tecnologia que foi usada para não precisar usar os cascos de refrigerantes. É uma prova de que somos mais antropofágicos do que os modernistas poderiam imaginar, mais criativos ou iguais aos japoneses brasileiros. Agora, por exemplo, damos mais uma prova disto com a inauguração do Porto Velho Shopping. Não é que aproveitando a oportunidade alguns empreendedores criaram, a partir da periferia, as excursões para o shopping! Pois é. São uma realidade os ônibus fretados especialmente para levar pessoas para conhecer e fazer compras nos shoppings e, em alguns, até guia e orientação já existe. Em que outro local do mundo seria possível criar turista de shopping? Só mesmo em Porto Velho.
Fonte: Sílvio Persivo
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