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Silvio Persivo

O eterno (e sempre adiado) dever de casa


O eterno (e sempre adiado) dever de casa - Gente de Opinião

Quem é brasileiro, que vive e torce pelo seu país, não é contra o governo só por ser contra. Fazer isto, como muitos fizeram e ainda fazem, é atirar contra o próprio pé. A questão real é que Lula da Silva precisa acordar que estamos num mundo diferente do que ele sonha. Não será possível impor sua vontade, embora possa impor muita coisa, queira, ou não, terá que negociar muito. E, passados seis meses de seu governo, parece perdido sem melhorar suas articulações políticas, com ações políticas e econômicas sem rumo e, pior ainda, sem investir em setores prioritários, como a educação de base e superior, nem em ciência e tecnologia. É risível que quando se cita a China, ou os tigres asiáticos, como exemplo de ação do estado e de reindustrialização, esquecem que o fracasso venezuelano e argentino se deu por mais estado também. E não se mencione que todos eles pecam pela falta de liberdade e inexistência de direitos trabalhistas e sociais. Ou, para ser mais claro, não foi a questão do regime que mudou as coisas nos que deram certo e sim, a política correta de investir pesado na educação de base, secundária e superior, bem como o redirecionamento para a indústria digital moderna permitindo que pudessem ter condições de competir com os países ocidentais. Não se trata do regime, que tolhe mais do que ajuda o crescimento, mas sim, que, todo ano, se produz muito mais engenheiros, cientistas de dados, programadores, desenvolvedores de aplicativos e novos produtos que aportam no mercado. O que faz o governo brasileiro? Invés de melhorar o ambiente de negócios, fazendo as reformas e diminuindo impostos, busca tonificar uma indústria velha, como a de veículos, com subsídios!!!! A reindustrialização, ainda mais com a diferença de custos para a China, é uma agenda atrasada, pois, além da indústria não gerar mais empregos como no século passado, com as evoluções tecnológicas só poderemos competir nas áreas em ascensão, como as de inteligência artificial, internet das coisas, medicina genômica, nanotecnologia e energias renováveis, se tivermos muito mais investimentos nos ensinos básicos e superior, que continuam ainda no século passado. Como poderemos ter ciência e tecnologia moderna com universidades que não possuem dinheiro nem para manutenção? O fato real é que superficialmente somos um país digital, mas não temos nem uma indústria de tecnologia sólida nem temos, o mais importante: cérebros. Os melhores precisam sair para poder ter um bom ambiente de trabalho. Querem tornar o Brasil industrial, um país competitivo? Então o primeiro e inadiável passo é investir nos ensinos básico e superior. É trazer a educação para o século XXI. Sem o que nunca foi feito, efetivamente, um programa de educação sério, que ultrapasse os discursos, que se afaste apenas de grandes gastos em infraestrutura e na farsa de se gastar para dizer que se faz educação, não voltaremos a ser uma nação com futuro. É pelo Ministério da Educação que se pode começar a mudar o Brasil. 

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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