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Silvio Persivo

Novas regras sufocam o setor informal


Novas regras sufocam o setor informal - Gente de Opinião

As novas regras da Receita Federal, por mais que tentem dizer o contrário, se destinam a arrecadar mais. Nenhum analista que se preze dirá o contrário. É um aperto- é dos grandes- sobre o setor informal, em especial os micro negócios e profissionais liberais. O maior problema é que, além de mexer com os setores mais pobres da sociedade, incomoda todo mundo e, no limite, invade a vida particular das pessoas. Quem, por exemplo, dividir despesas, jogar em conjunto, tiver atividades sociais em que recebe dinheiro alheio ou até tiver uma amante está sujeito a ter sua vida devassada. Por mais que se tente, com publicidade ou declarações de autoridade, imputar as Fake News as repercussões negativas, há o fato incontestável que o estado aumenta sua lupa sobre os recursos privados de uma forma quase total. Ao, praticamente, invadir todos os espaços econômicos, o governo passa a ter um controle sobre a vida das pessoas que jamais teve. Acompanhar toda a movimentação financeira das pessoas não é a mesma coisa que taxar apenas a renda, pois há relações sociais, inclusive de quem já pagou imposto de renda, que são informais e não se justifica o governo, a partir do montante que a pessoa movimenta, exigir explicações que ninguém quer dar. Quem não se sente ruim em todo movimento que fizer ter que explicar? Muitas vezes divórcios acontecem por causa similar.  Além do mais, em especial nos negócios informais, grande parte do que se movimenta não é renda e sim insumos ou algum tipo de necessidade que o informal possui para ganhar dinheiro. A verdade que, em geral, esta renda de grande parte deles, não é renda e também, mesmo o que é, não é taxada. Mas, convenhamos, taxar pipoqueiros ou moto boys, embora vá acrescentar recursos ao governo, implica em tornar uma vida que já é difícil mais difícil ainda. Há sim clandestinidade nestes ganhos e somada é significativa, porém, convenhamos, se taxados o custo de seus trabalhos será muito maior, com impactos significativos, na inflação e com um problema adicional: os mais pobres não possuem, na sua quase totalidade, um acompanhamento de seus negócios. Muitos nem sabem quanto movimentam e serão a essas pessoas que, no fim do ano, serão apresentadas contas que não terão como explicar nem saber como enfrentar a questão. O que sempre se espera de um governo, ainda mais de um que, supostamente, é voltado para o social, é que não dificulte a vida das pessoas e é isto que o governo está fazendo com sua voracidade fiscal. Não há estratégia de comunicação capaz de esconder o que dói no bolso e vai doer em especial sobre os informais que serão detectados e cobrados por recursos que não terão: a grande maioria se vira para sobreviver. Afora outros impactos colaterais como gastos com contadores ou perda de ajudas sociais. A vida de grande parte da população mais pobre não ficará apenas mais complexa e sim muito mais difícil. O estado, de fato, não somente atrapalha a vida do microempreendedor somente. Com as novas medidas o irá impedir de ter a possibilidade de se capitalizar, de ascender socialmente. É uma medida que, se não for revogada, irá corroer, com certeza, o que ainda resta de credibilidade do governo federal.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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