Terça-feira, 14 de abril de 2015 - 15h52
Que tudo se acelerou ninguém tem dúvidas. A pressa, que sempre foi inimiga da perfeição, é quem nos escraviza no presente. A pressa e a novidade, ou, se quiserem, a presencialidade que se expressa na visão de que é preciso estar in, estar por dentro, num mundo altamente tecnológico e pós-moderno, ou seja, é preciso estar informado para se decidir. Mas, como estar informado num mundo onde a informação entra aos borbotões? Como tomar decisões onde há um imenso excesso de estímulos, de vertentes que, invés de dissipar incertezas, contribui para aumentar as dúvidas? Afinal com a evolução tecnológica, o volume crescente de dados que chegam por sistemas de informações, por e-mail, twitter, redes sociais, feeds, mídias convencionais, newsletter etc. é tão incrivelmente grande que a esmagadora maioria das pessoas não consegue nem ler e ver o que precisaria quanto mais filtrar o que é importante para direcionar sua vida, seus negócios, suas decisões.
São tantas e tão variadas as informações disponíveis que, por mais que se tente negar, o que acaba tendo, de fato, é a desinformação. No meio a tantos dados, de tantos fatos e números, muitas vezes, antagônicos, como não perder tempo e não correr o risco de não divagar ou fazer as escolhas erradas? Não há forma fácil. É preciso se ter uma estratégia de filtragem e uma percepção eficiente do que, realmente, faz, ou não, diferença, por isto, se precisa, como na agricultura, separar o jóio do trigo, transformar a massa de dados em informações confiáveis e, o que é muito pior, cada vez mais rapidamente e, não raro, dispondo de menos especialistas que tenham a capacidade de selecionar o que é relevante. Isto é muito mais visível ainda porque, muitas vezes, como é comum na política, hoje, existem estratégias que visam transformar em verdade, por meio da propaganda, os interesses de certos segmentos, seja na vida, seja nos negócios.
Também até os grandes meios de comunicação, numa política de cortar custos, empobreceram as suas análises e suas redações, de forma que, ao fim, as matérias parecem ter sido padronizadas e reproduzidas em massa. Acrescente-se que, mesmo os grandes analistas que restam, submetidos a um processo massacrante de produção em larga escala, não conseguem ter o tempo hábil para lapidar seus pensamentos e textos. Ainda por cima há um processo, intensivo e on-line, de grupos que se especializam em hostilizar quem não pensa da mesma forma e, não raro, de uma forma grosseira que revela a pobreza de seus horizontes e ideias. A verdade é que a informação, hoje, a informação real é um veio escasso de ouro sob um amontonado de lixo. E é o lixo que se propaga e tenta se instalar como se fosse verdade como se fosse um vírus moderno. E são bem pagos, justamente, o que produzem mais lixo. Por isto há uma legião de desinformados que sustentam até mesmo a ilusão de que é possível alcançar o paraíso sem esforço. E se vende até vaga no céu para quem não tem capacidade de discernir de forma adequada. São os tempos, os nossos tempos.
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