Quinta-feira, 5 de outubro de 2006 - 23h09
O governo FHC e, mais ainda, o governo Lula da Silva desmoralizaram completamente o discurso de esquerda. O que é ser esquerda? Na visão do marxismo clássico era ser a favor da classe trabalhadora, da classe operária, querer derrubar o capitalismo para criar a sociedade sem classes, o comunismo, a partir da produção planejada pelo estado, ou seja, criar uma economia planificada estilo URSS ou Cuba. A questão básica é que a solução da economia planificada, o socialismo real exemplificado pela ex-União Soviética, ruiu com o muro de Berlim. Então as esquerdas se dividiram em três grupos. Um que usa o discurso apenas para chegar ao poder que é o caso da grande maioria e para o qual não importa como, só importa mesmo o poder. Outro que defende a via democrática, cobrando princípios éticos, mais participação política, melhores condições para os trabalhadores sem, no entanto se agregar mais à luta de classes e deseja a mudança pela ampliação da democracia e, por fim, o terceiro grupo, hoje representado pelos partidos, como o PSOL e PCO, que ainda vivem no atraso, que ainda seguem defendendo a luta de classes. PSDB e PT são iguais. Estão no primeiro grupo.
Qual a diferença, portanto entre Alckmin e Lula da Silva? Em termos programáticos poderia se dizer que nenhuma. Em termos práticos Lula chegou ao poder por meio de uma vestimenta de esquerda depois de perseguir, dentro do seu partido os grupos minoritários que eram, de fato, de esquerda. E, no governo, sem base filosófica, seu grupo dominante, uma direita mafiosa vestida de esquerda, se aliou aos oportunistas contumazes do governo para construir a maior máquina de corrupção já registrada neste país e explodida por Roberto Jefferson, mas, até agora só apareceu a pontinha. O grosso ainda vai aparecer. O governo Lula não tem, portanto absolutamente nada dos ideiais de esquerda, apesar de tanto dizer que é tanta gente acredite. Tanto que fez a reforma da Previdência roubando direitos dos trabalhadores, arrochou o funcionalismo público e até, suprema maldade, taxou os inativos. Pegos com a boca na botija, por meio de Waldomiro e Marinho, para tentar continuar distribuíram a enganação da esmola família e gordas verbas de propaganda junto com um pacote de bondades no ano eleitoral. Uma tentativa de fazer esquecer que adotaram uma política econômica mais perversa que a de Fernando Henrique e ainda com menos gastos sociais e em infra-estrutura que resultaram nas pífias taxas de crescimento do país-lanterna do desenvolvimento. A grande vantagem de Alckmin é que é mais ético, mais desenvolvimentista e não quer, como Lula da Silva, e seu grupo se perpetuar no poder calando as forças democráticas. Já é muita coisa. É uma direita que não se disfarça e mais esclarecida. Dos males o menor. É muito perigoso ter no poder alguém que admira quem fica quarenta anos no poder e tem como modelo o atraso cubano.
Fonte: Sílvio Persivo - [email protected]
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