Primeira Mão - 10/09/09

MAIS UM MICO NO CONGRESSO: OUTRA
CPI SOBRE O MST NÃO VAI DAR EM NADA

Vai começar tudo de novo! Pela enésima vez, um grupo de deputados e senadores tenta criar uma CPI para descobrir os podres do MST e seus parceiros, que recebem milhões de reais de recursos públicos, não prestam contas e utilizam a grana oficial para invadir propriedades e causar insegurança no meio rural. Parece piada, infelizmente. Todas as tentativas anteriores feitas no sentido de desmascarar a ligação do governo com o MST não passaram de arremedo. As CPIs são criadas, há, claro, muito a investigar, mas quando os trabalhos começam os nobres parlamentares nunca conseguem concluir nada, descobrir nada oficialmente, denunciar e muito menos processar alguém. O MST não existe, juridicamente. Recebe toda a sua fortuna de ONGs que são criadas para repassar ilegalmente o dinheiro a ele. A Revista Veja, principal publicação nacional, divulgou em detalhes como funciona todo o esquema. Repetiu, aliás, o que já tinha publicado e o que quase todos que vivem perto do poder, sejam do governo ou oposição já sabem. Na hora das responsabilidades, contudo, as CPIs pagam mico. Governistas não permitem que as investigações andem, os convocados para depor não aparecem, as falcatruas continuam como se nada tivesse acontecido e quem cria a tal Comissão de Inquérito passa por idiota. Esse filme já se viu. Essa semana, surge mais uma CPI do MST. Como sempre, não vai dar em nada.

INCÓGNITA

A seis dias da votação da PEC da Transposição dos servidores do ex-Território Federal para a folha da União permanece uma incógnita. Transformada em guerra política entre grupos rivais no Estado, as chances de aprovação são cada vez menores.

GUERRA E SILÊNCIO

Silêncio total das autoridades competentes sobre a guerra política entre CUT e Força Sindical pelo domínio do Sindicato dos Trabalhadores na Construção. Enquanto a batalha entre os chefões das entidades classistas se amplia, o reflexo direto é que as obras em andamento – principalmente das usinas – podem ficar prejudicadas. Mas ninguém diz nada.

CRIME SEM CASTIGO

Em vários casos – para não dizer todos – em que há perseguição policial, bandidos atiram para matar. Se for atingido, o policial terá que passar por constrangimentos até provar que agiu em legítima defesa. Já o bandidão que mata um policial tem as mesmas benesses legais que qualquer outro criminoso.

SONHAR NÃO É CRIME

Um dia, quando esse país deixar de ser uma Casa da Mãe Joana em termos de leis de combate ao crime, talvez se possa colocar no banco dos réus, para serem julgados como incentivadores da violência, aqueles que criaram todas essas leis que protegem os criminosos e que colocaram a sociedade – e a polícia – como reféns da violência. Não custa sonhar!

GELEIRA NO SOL

O presidente da OAB rondoniense, Hélio Vieira – que é pré-candidato à Câmara Federal – propõe que os mandatos políticos não sejam pagos, em todas as instâncias. É claro que só pode ser uma retórica do competente advogado. É mais fácil o Sol virar gelo do que uma coisa dessas acontecer.

EM TEMPO ALGUM

Hélio Vieira contestou, com seus argumentos, o senador Cristóvão Buarque, que quer que vereadores de pequenas cidades não sejam remuneradas. “Se valer para uns, tem que valer para todos”, disse Hélio Vieira. Sabendo, é claro, que na prática isso jamais, em tempo algum, vai acontecer.

NÃO APRENDEMOS

O início do mês de setembro marcou os 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial, a maior tragédia que assolou esse Planeta. Mais de 60 milhões de mortes foram registradas nos seis anos do conflito. Muitas das causas e das conseqüências da Guerra ainda são sentidas pela sociedade atual. A maioria das lições não foram aprendidas.

NOVA INDEPENDÊNCIA

Ainda em setembro, quando se comemora mais um aniversário da Independência, o Brasil está prestes a dar um novo salto, quem sabe uma nova Independência? O petróleo do pré-sal, mesmo com todas as discussões e questões políticas menores, poderá ser, a médio prazo, a chance de darmos o grande salto para o futuro.

NAS RUAS

Feriadão cheio de atividades para a classe política. Todos os que se dizem pré-candidatos, mas que na verdade já estão em campanha, aproveitaram as concentrações públicas para aparecer e sentir o cheiro do povo. Falta um ano mas as campanhas já estão nas ruas. 

Fonte: Sergio Pires - [email protected]  
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