Primeira Mão - 03/07/10

ALGUNS FORAM PEGOS. MAS E OS
OUTROS QUE LEVAM NOSSA RIQUEZA?

A ação do Ministério Público Federal, que cumpriu seu papel fiscalizador e propôs à Justiça processo contra uma quadrilha especializada em roubar diamantes da Reserva Roosevelt, foi uma das mais importantes vitórias conseguidas até agora numa área que deveria estar isolada mas de onde são retiradas nossas riquezas todos os dias. A condenação de sete pessoas ainda mostra muito bem, ao mesmo tempo, de que a conversa de que a área está isolada e proibida para estranhos aos índios é conversa mole. Quem foram os envolvidos? Claro que só poderiam ser servidores públicos, gente da FUNAI e até da Polícia Federal, que deveria proteger Roosevelt mas que, mancomunados, retiravam ilegalmente os diamantes para encher os próprios bolsos.

Esse grupo o Ministério Público conseguiu pegar. Mas e os outros? E aqueles que negociam com os índios e levam daqui de Rondônia para várias partes do mundo nosso diamante com qualidade considerada semelhante aos de melhor gabarito dos que produzidos na África do Sul, por exemplo? Não está na hora de se criar uma estrutura legal de aproveitamento dessas riquezas, coordenada pelo governo, fiscalizada pelo Ministério Público, em parceria com os índios? Porque, do jeito que está, quando não são garimpeiros que invadem a reserva dos cinta-largas são servidores públicos, que deveriam protegê-la, os que querem meter a mão, sem deixar um milésimo do que é nosso para gerar riqueza para os rondonienses.

DANDO DURO

Mesmo em tempo de política e Copa do Mundo, as coisas positivas continuam andando no Estado. O pacotaço de obras do governo, que só através do Deosp já investiu quase 66 milhões de reais só nos primeiros cinco meses do ano, é uma das boas notícias. A equipe comandada por Alceu Ferreira está dando um duro danado, nesses tempos de crescimento de Rondônia.

BOM SENSO

Outro problema aparentemente superado foi o que envolveu, durante quase duas semanas, as obras da hidrelétrica de Santo Antonio. Depois de muita baderna e infiltração de estranhos ao trabalho, houve bom senso, diálogo e acordos e a obra continua a mil por hora. O que se tem que ficar de olho é para que os irresponsáveis não voltem a agir.

TUDO MUDA

Na política, nada como um dia depois do outro. Em tempos passados, os ex-governadores Valdir Raupp e José Bianco eram ferrenhos adversários. Agora estão juntos na campanha deste ano. O mesmo acontece com Ivo Cassol e Melki Donadon. O relacionamento do ex-governador com a família Donadon sempre foi tensa e difícil. Hoje, são parceiros. É a política!

CORRIDA ÀS BASES

Começou o recesso de julho na Assembléia Legislativa e agora é tudo campanha. Os parlamentares correram para suas bases, à cata de votos. Há grande expectativa no parlamento rondoniense de que, graças a um grande trabalho realizado nesta legislatura, o percentual de reeleitos seja muito alto. Mesmo com toda a concorrência.

QUEREM ENTRAR

Bons nomes que chegam para disputar cadeiras, na ALE, entre centenas: Sueli Aragão, Glaucione Nery, Epifânia Barbosa, Zequinha Araújo, Jean Oliveira, Mariana Carvalho, Marcelo Reis, Claudio Carvalho, José Hermínio Coelho, Milene Motta, Sueli Belarmino e mais umas quatro centenas, A disputa promete.

CONTROLE RÍGIDO

Uma série de orientações do TRE, dada à imprensa essa semana, limita em muito o noticiário sobre as candidaturas. Na imprensa escrita o peso não é tão grande mas, em sites principalmente, as dificuldades impostas são grandes. O controle rígido da Justiça Eleitoral tem a preocupação principal de propiciar espaços iguais para todos os candidatos.

O CÂNCER DAS DROGAS

Dados preocupantes. Em quatro anos, o número de presos no Brasil por envolvimento com o tráfico de drogas subiu de menos de 32 mil para 86 mil pessoas. Ou seja, a cada ano, mais de 10 mil brasileiros foram parar atrás das grades por causa do comércio de drogas. A grande maioria de pequenos traficantes. Os grandes, os tubarões bilionários, continuam à solta.

NÃO TEM VOLTA

Os partidões e os médios fecharam acordos, acertaram detalhes, escolheram nomes. A partir de agora, cabe ao eleitor ficar de olho, ouvir as propostas, selecionar os candidatos, preparar-se para exercer seu direito ao voto pensando não só em si e na sua família mas em toda a coletividade. Eleição mexe com todas as estruturas. Se escolher errado, não tem volta.

TEM GENTE BOA

É verdade que tem muita coisa ruim, muita porcaria, muita gente indecente querendo se eleger. Mas é verdade também que há pessoas corretas, bem intencionadas, com espírito público e loucas para melhorar Rondônia e o Brasil. Basta não ouvir o canto da sereia e saber separar o joio do trigo para votar bem. Por isso, acompanhar a campanha e decidir pelo menor é obrigação do eleitor.

 Fonte: Sergio Pires
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