Porto Velho (RO) quinta-feira, 5 de junho de 2025
opsfasdfas
×
Gente de Opinião

Sandra Castiel

MULHER



Há algumas décadas, coisa de quatro ou cinco, o mundo era masculino; nasci e cresci em cidade pequena, onde a mulher era olhada com desconfiança, assim que crescia, ou seja, assim que a natureza fazia seu trabalho. O pai era o primeiro a zelar por sua pureza, ou seja, tratava de mantê-la casta, até que aparecesse um "príncipe" para cuidar dela, isto era o que lhe era ensinado desde tenra idade.  E o casamento, grosso modo, significava mudar de endereço e tornar-se uma espécie de empregada do marido: cozinhava, limpava, mantinha a casa em ordem e fechava os olhos para as escapadelas extraconjugais do companheiro, pois aprendia desde cedo que homem era assim mesmo. Mesmo que houvesse estudado, até onde lhe permitiam, a ocupação que lhe cabia fora de casa (e isso era uma grande conquista) era o magistério.

Por um lado, tínhamos essa mulher infeliz e conformada com seu papel na sociedade: casava, cortava os cabelos (no passado longos), engordava, tornava-se uma matrona;  por outro, tínhamos uma mãe presente na casa, na família e na vida dos filhos, enfim, era a mãe e esposa,  com seu diploma de RAINHA DO LAR (normalmente presente dos filhos) emoldurado e pendurado na parede; quanta contradição!

E de contradições sempre foi feito o universo feminino; o mundo mudou, os tempos são outros, há muito a mulher deixou para trás seu status de rainha do lar, e hoje se iguala ao homem no mercado de trabalho e no grau de instrução, mas continua acalentando na alma a esperança de encontrar um príncipe  que a ame para sempre.

Pouca importa a década em que nasceu uma mulher, pouca importa se passou a vida entre as paredes do lar, dedicando-se apenas ao marido e aos filhos; pouca importa se é uma mulher de vanguarda, que vive a se desdobrar em várias para dar conta de tantas atribuições, e ainda tem disposição para cuidar do corpo: na essência, fomos moldadas no mesmo barro, somos mulheres, somos o útero onde acontece o milagre da vida e da perpetuação de nossa espécie. Viva a MULHER!

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoQuinta-feira, 5 de junho de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

Continhos marginais II - O terremoto e as flores

Continhos marginais II - O terremoto e as flores

Empresária e rica, sua casa era uma alegria só: vivia entre filhos jovens, entre amigos e amores (estes, um de cada vez, enquanto durasse a paixão).

Nossa insustentável leveza

Nossa insustentável leveza

 Há alguns anos assisti, no Rio de Janeiro, a um filme sobre a vida pessoal de Charles Darwin, o cientista inglês cuja teoria contida no livro A Ori

Colecionadora de palavras

Colecionadora de palavras

Deixe- me apresentar a você, caro leitor, esta personagem que vive, há décadas, no interior do meu cérebro, e mistura suas memórias às minhas como s

Todas as Mulheres do Mundo

Todas as Mulheres do Mundo

Quisera eu ser psicanalista… Poder desvendar os complexos meandros da mente, até onde a limitada capacidade humana alcança.  Saber que há um acervo

Gente de Opinião Quinta-feira, 5 de junho de 2025 | Porto Velho (RO)