Segunda-feira, 31 de dezembro de 2012 - 17h11
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Dificuldades de fim de ano se repetem: preços altos e falta de assentos / AEROPORTOS BRASIL |
MONTEZUMA CRUZ
Editor de Amazônias
Alta temporada, o brasileiro quer voar e não pode. O ministro do turismo, Gastão Vieira, vem sendo posto contra a parede para explicar, justificar, ou até condenar preços tão exorbitantes das passagens aéreas nacionais.
O passageiro paga atualmente R$ 3 mil para o percurso só de ida, de Brasília para Fortaleza ou Salvador. O bilhete para o voo entre Porto Velho e Rio de Janeiro chegou a ultrapassar R$ 4 mil este ano.
Gastão, que nem todos sabem, especializou-se em minérios ao formular, nos anos 1980, o Projeto Carajás, está diante do esperneio geral por conta das concessões às empresas aéreas e a consequente alta das tarifas que inviabilizam o turismo em diferentes regiões do País.
Dos minérios e da atuação nacionalista no Congresso Nacional, agora o maranhense Gastão se vê obrigado a estudar rotas aéreas, custos de combustível, condições de empresas do setor, e confrontá-los com as exigências do turismo interno. Alegam as empresas que as taxas elevam o custo do querosene de aviação a 26% acima da média mundial.
Na semana passada, o ministro sentiu-se pressionado e condenou essas tarifas sustentadas após as fusões da Gol com a Webjet e da Azul com a Trip, o que causou redução na oferta e alta no preço. Ou seja, o mercado concentrou-se.
Em sua derradeira reunião o Conselho Nacional de Turismo debateu o problema, ouvindo das companhias aéreas que o quilômetro voado na Europa é 26% mais barato que o voado no Brasil. Chegaram a pedir ao ministro o ingresso no plano de desoneração da folha salarial – e foram atendidas.
Outra conclusão não teve o ministro, senão propor o aumento da oferta, e isso se traduz na liberação de assentos por empresas estrangeiras que voam no Brasil. Vislumbrando a melhoria da situação, digamos que isso faça parte da globalização econômica, por alguns esquecida.
Recomenda-se ao ministro pôr o assunto na mesa, reunindo a Casa Civil da Presidência da República e o Comitê Gestor do Conselho Nacional de Turismo. Ele próprio revela já ter enviado à Casa Civil um documento mostrando a realidade do setor aéreo e os seus efeitos no turismo.
As aéreas reivindicam aumento em 20% da oferta de assentos, em troca de uma alíquota única de ICMS (sobre o combustível de 13%). Alguns estados, entre os quais o Ceará, já aplicam recursos próprios. Há governadores dispostos a reduzir a alíquota, mas exigem a contrapartida: uma linha de avião. São os sinais da Copa do Mundo, evidentemente.
Conclusão: o transporte aéreo é uma concessão e tem aspecto social fortíssimo, faz ver o ministro, com elogiável lucidez. Ocorre que muita gente opina nesse setor: Agência Nacional de Aviação Civil, Secretaria de Aviação Civil. Atenderiam aos pleitos da Casa Civil? O assunto só chegará ao pleno conhecimento da presidente Dilma Roussef, depois de passar por essas instâncias.
Em síntese: o brasileiro quer voar e não pode nem conhecer o seu País. Quem tem dinheiro, vai para fora, cujos gastos alcançarão este ano US$ 15,5 bilhões e US$ 16,3 bilhões em 2013, segundo dados do Banco Central.
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