Quinta-feira, 17 de janeiro de 2019 - 10h21
Entre situações
possíveis, outras toleráveis, infelizmente aparecem as pavorosas. Falo do
surpreendente janeiro de 2019, no que diz respeito à designação de “raposas”
para tomar conta de galinheiros.
E não são
galinheiros, são órgãos essenciais ao equilíbrio da natureza, ao bem-estar de
nós todos, dos filhos, netos, bisnetos e tataranetos.
Neste janeiro, por
rede social, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, que desconhece a
maioria das regiões do País onde nasceu, anunciou: o ex-deputado Valdir Colatto
(MDB-SC) será o titular do Serviço Florestal Brasileiro.
Para quem não sabe,
o SFB é o responsável pela gestão das reservas naturais, especialmente as
florestas públicas do Brasil.
The right man in the
right place.
Colatto representa aquele
estado de lindas praias, bons portos, alguns minérios e gente boa. Tão boa que
até hoje engole naturalmente o desastre no Morro do Baú, em Ilhota, quando
morreram 47 pessoas.
O Código Ambiental
de Santa Catarina, elogiado por “motosserras”, foi bonzinho com derrubadores de
florestas e da mata ciliar.
Seis anos atrás, o
Atlas dos Remanescentes Florestais da Mata Atlântica, produzido pela Fundação
SOS Mata Atlântica e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, revelava que
Santa Catarina perdera 672 hectares de mata entre 2012 e 2013.
Desde 1985, quando o
levantamento começou a ser feito, Santa Catarina perdera 2.818,78 km², área
superior a grandes municípios brasileiros.
Notável por liberar
a caça de animais silvestres no Brasil, inclusive em unidades de conservação, seu Colatto vem aí para causar mais
rebuliços. Se ele prevê e permite criação de áreas particulares de caça de
animais silvestres e dá permissão a zoológicos para venda de animais a
criadouros particulares, Deus nos acuda.
Bicho virando
commodities, a exemplo da soja, do café, do trigo e do milho, só faltava
essa...
O novo chefe do SFB
assumirá o cargo no momento em que o SFB foi transferido do Ministério do Meio
Ambiente para o Ministério da Agricultura. Seu
Colatto foi um dos parlamentares que mais lutaram pelo adiamento dos prazos de
inscrição de propriedades de agropecuaristas no Cadastro Ambiental Rural (CAR),
que é administrado justamente por esse órgão.
Facilidades,
alongamento, prolongamento de dívidas, vistas grossas com agressões ambientais
em propriedades – na somatória, o pior. Miopia, aliada à irresponsabilidade.
Em termos de livre
mercado ou, mais respeitosamente, de autonomia governamental, seria a mesma
coisa do que ocorreu em Rondônia, quando um vagão inteiro da Estrada de Ferro
Madeira-Mamoré apareceu no gramado de uma mansão no Lago Paranoá. Sabe-se que o
vagão não voou, mas deixou Porto Velho sobre uma carreta, com vistas grossas do
governador da época.
Quem viver, verá. Já
dá pra arrepiar. Ou arrepia sem dar
mesmo.
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