Sexta-feira, 14 de agosto de 2009 - 11h46
Líder desse povo indígena de Rondônia ele morreu aos 69 anos e deixa o exemplo de coragem e resignação.
MONTEZUMA CRUZ
Agência Amazônia
BRASÍLIA – O corpo do cacique Antonio Garcia Karitiana, 69 anos, será sepultado neste sábado, às 15h, na aldeia do Povo Indígena Karitiana, a 95 quilômetros de Porto Velho. Internado há três dias, ele morreu de parada cardíaca no Hospital de Base, possivelmente em conseqüência de câncer. Segundo a Fundação Nacional de Saúde, a biópsia revelará a causa mortis até a próxima semana. Antonio deixou viúva Maria Rosa Karitiana. Teve dez filhos do primeiro e do segundo casamento.
“Ele e Cizinho Morais Karitiana guardam a nossa história. Os dois transmitiram aos mais jovens o sentimento de guerreiros que enfrentaram preconceitos e humilhações desde o contato com os brancos, nos anos 60”, disse, por telefone, antes de embarcar o corpo na manhã desta sexta-feira, o sobrinho do cacique, Elivar Karitiana, 26. “O cacique Antonio Karitiana sempre nos incentivou a correr atrás das coisas e sempre lembrar da nossa cultura”. Cizinho também tem 69 anos. A área de 89,6 mil hectares onde moram cerca de duzentos indígenas foi regularizada em 1987.
Com o companheiro Cizinho, ele fundou a Associação do Povo Indígena Karitiana, entidade surgida pouco antes da elevação de Rondônia de território federal a Estado, em 1982. Ali na sede o seu corpo foi velado até a manhã desta sexta-feira, na presença de homens, mulheres e crianças.
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Menino Karitiana se diverte com o telefone celular /LÚ BRAGA |
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Crianças na Terra Indígena Karitiana têm escola e poderão aprender informática / LÚ BRAGA |
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