Domingo, 5 de julho de 2020 - 13h04
Participantes
do debate pelo Google meet, terça-feira passada, queixaram-se de uma prática
antiga no Estado de Rondônia: a nomeação de pessoas leigas para exercer cargos
e funções que requerem conhecimentos técnicos e científicos da área de
Engenharia.
O debate possibilitou à classe conhecer o perfil
dos candidatos à presidência do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia
(CREA), visando à eleição no próximo dia 15.
“O objetivo foi alcançado, e o eleito, seja qual for, deverá evitar que algumas situações se repitam”, comentou o presidente do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia (Ibape) em Rondônia, engenheiro florestal Joel Magalhães.
Multidisciplinar, o Ibape foi o responsável pelo convite à classe e se posicionou com firmeza para mudar o status quo (estado de coisas) quanto ao exercício ilegal da profissão.
“Os engenheiros assumiram compromissos pleiteados
pela comunidade técnica, alguns deles não contemplados pela legislação e que
exigiriam mudanças da Lei”, considerou Magalhães. “A classe precisa interagir
mais com o Poder Legislativo”, reivindicou.
INTERNET À FRENTE
Para o candidato à presidência do CREA, engenheiro civil Abelardo Townes de Castro Filho, o órgão “precisa deixar a imagem de cartório”. “Só arrecadar não basta, os profissionais cobram o retorno dos recursos”, comentou.
Abelardo critica as duas cobranças de Anotações de Responsabilidade Técnica (ARTs), uma para o projeto, outra para execução.
“São R$ 189 cada uma. Acre, Amapá e Rondônia são carentes, não suportam o peso financeiro, por isso me comprometi se eleito, cobrar apenas uma vez”, disse.
O candidato acredita que a arrecadação deve ser revertida, principalmente, em simpósios e treinamento de profissionais.
Ao mesmo tempo, comparou o CREA ao governo “por manter salários altos em cargos comissionados, quando existe carência em outras áreas”.
“Se eleito, controlaremos gastos com diárias: viajar, só em extrema necessidade”, propôs. Segundo Abelardo, a pandemia mostrou a possibilidade de se resolver diversas situações por videoconferências”.
Abelardo, que é professor e leciona concreto
protendido na Faculdade de Rondônia (Faro), disse ter dado aulas por
videoconferência quarta-feira, quando estava em Ji-Paraná, e sexta-feira,
quando se encontrava em Rio Branco.
“EQUIPAMOS A
FISCALIZAÇÃO”
O atual presidente do CREA e candidato à reeleição, engenheiro florestal Carlos Eduardo Xavier, Carlão, disse que a sua gestão fez funcionar a ART automática. “Antes ela demorava 24h, hoje sai autenticada, em meia hora”.
“Fiscais, funcionários e conselheiros participaram de treinamento. A fiscalização hoje é georreferenciada, e com os dados pode utilizar as coordenadas geográficas sem a necessidade de voltar, por a uma fazenda, por exemplo”, assinalou.
O CREA colocou notebooks, tablets e telefones celulares a serviço da fiscalização, informou o presidente. “Ficou mais atuante, moderna e diversificada”, disse.
Também foi possível consolidar a construção da nova sede, com recursos obtidos no Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).
Segundo Carlão, convênios de fiscalização com o Idaron, Corpo de Bombeiros Militar, Prefeitura e Sedam também impulsionaram esse trabalho. Já com vistas às inspeções prediais o CREA buscou leis que normatizem serviços públicos nos âmbitos da União, Estados e Municípios.
Câmaras Especializadas em Engenharia promoveram reuniões em Ariquemes e Ji-Paraná, com a presença de conselheiros. Em Cacoal Ji-Paraná e Vilhena, os bombeiros ministraram o projeto de combate a incêndio e pânico.
“Também fizemos gestões em defesa dos interesses da Engenharia, da Agronomia e da Geociência; pretendemos criminalizar o exercício ilegal da profissão”, informou.
Lamentou que o Departamento de Estradas de Rodagem e algumas prefeituras municipais ainda empreguem amigos de políticos em cargos de chefia, tomando o lugar do profissional de Engenharia.
Segundo Carlão, o CREA deverá acompanhar o andamento de aproximadamente cem projetos em tramitação no Congresso Nacional. “O Ensino a distância, novas idéias e novos projetos fazem parte deles”, explicou.
Firmou o compromisso de promover um café da manhã,
no qual regularmente sejam debatidas demandas e críticas. E por
videoconferência, estabelecer um canal de comunicação com a classe uma vez por
mês.
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