Quinta-feira, 5 de dezembro de 2013 - 19h07
MONTEZUMA CRUZ
De Brasília
Ficou para a próxima terça-feira, dia dez, a reunião de senadores com o objetivo de atender melhor as reivindicações de soldados da borracha derrotados na Câmara dos Deputados, cujo plenário votou favoravelmente à proposta do governo federal (PEC 346/2013), estipulando em R$ 25 mil a indenização para rateio entre seringueiros vivos – seriam cerca de seis mil – e pensionistas.
Agora, pela PEC 61/2013, o Senado busca debater novamente o assunto. O relator é o senador Aníbal Diniz (PT-AC), que hoje (5/12) anunciou a próxima reunião com a expectativa de “fazer justiça” à classe.
Apoiada e defendida em plenário pelos deputados Arlindo Chinaglia (PT-SP) e Perpétua Almeida (PCdoB-AC), essa proposta também fixa o benefício mensal vitalício a ser recebido em R$ 1,5 mil, atualizados pelo mesmo índice usado pelo Instituto Nacional do Seguro Social para reajustar as aposentadorias.
Atualmente, os beneficiários recebem dois salários mínimos (R$ 1.356,00). Os soldados da borracha foram seringueiros recrutados pelo governo brasileiro em 1943, durante a 2ª Guerra Mundial, para produção de borracha na Amazônia. Os estoques eram exportados para os Estados Unidos.
A PEC 556/2002, rejeitada pela Câmara, previa aumento salarial de sete salários. Da bancada de Rondônia, apenas dois parlamentares se opuseram à Pec manobrada pelo governo na Câmara: Carlos Magno (PP-RO) e deputado Amir Lando (PMDB-RO).
Desde o dia cinco de novembro o clima de insatisfação na categoria é grande. Naquela ocasião, a maioria de parlamentares rechaçava proposta formulada pelo Sindicato dos Soldados da Borracha de Rondônia para dar preferência à proposta do governo federal. Uma caravana de soldados da borracha é esperada em Brasília, na próxima semana, para acompanhar os novos debates.
“O que esses cidadãos pleiteiam, depois de tanto sofrimento na selva e de tantas mortes de companheiros? Querem apenas a equiparação de seus benefícios aos dos pracinhas da Força expedicionária, soldados que lutaram na Europa durante a 2ª Guerra Mundial”, questiona o vice-presidente do sindicato, George Telles.
Em diversas reuniões com parlamentares e com a Casa Civil do Governo, Telles ouviu promessas no sentido de o governo reconhecer o trabalho e o heroísmo desses trabalhadores recrutados no nordeste brasileiro. “Fizeram um esforço de guerra, porém, agora, a Câmara dos Deputados e o Governo os desconsidera, desprezando seus reais direitos ao lhes oferecer minguada indenização”, lamenta Telles.
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