Sexta-feira, 8 de janeiro de 2016 - 05h13
Estudantes durante aula prática no Instituto Abaitará
Setenta litros de leite diários abastecem atualmente o estabelecimento e servem para a fabricação de queijos. Aviário, curral e aprisco [para ovinos] concluídos, 180 alunos alojados e outras dezenas na fila. Até o início do segundo semestre estima-se em dez mil o número de cabeças de frangos de corte semi-caipira e caipirão.
Nesse ritmo, com área ampliada em 7,25 mil metros quadrados, o Instituto Estadual de Educação Rural Abaitará anunciou suas conquistas e projetos para 2016.
A escola técnica agroecológica funciona em regime de semi-internato. Seus cursos duram quatro anos para a formação de técnicos em agricultura, apicultura, floresta e terra. Para estudar ali, o aluno tem que ter concluído o ensino fundamental.
Segundo a diretora Eliane Cristina Faria, a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) fornece atualmente um ônibus e um micro-ônibus para o transporte escolar. “Só não recebemos mais alunos porque ainda precisamos estruturar ida e volta, de manhã e à tarde, a diversos pontos da zona rural, mas é boa a probabilidade de vencermos mais essa etapa”, comentou.
O Instituto Abaitará funciona no Km 32 da rodovia 010, no Setor Abaitará, em Pimenta Bueno, a 521 quilômetros de Porto Velho.
O governo de Rondônia investiu R$ 4,15 milhões no eixo de educação, esporte e lazer, e dessa maneira o instituto pode reformar e ampliar suas unidades para formar técnicos profissionais em agroecologia.
Os 7,2 mil m² se dividem em salas de aula e dormitórios, quadra esportiva e instalações rurais. O dinheiro foi liberado pelo Programa Integrado de Desenvolvimento e Inclusão Socioeconômica do Estado de Rondônia (Pidise).
AVIÁRIO, CURRAL E POCILGA
“Adaptamos o curral com tronco e fosso, que tanto serve para o gado de corte quanto para o gado leiteiro. As instalações rurais [aviário, aprisco [para ovinos], curral e pocilga] têm extensão de 3,34 mil m², e com as ampliações já temos área construída de 9,6 mil m²”, informou a diretora.
Dezoito cabeças de vacas girolanda começaram a produzir, algumas vacas pariram, e a média diária de 70 litros de leite poderá ser brevemente aumentada. Segundo a diretora, há possibilidade de se comercializar o excedente a partir do primeiro semestre deste ano.
Em 12 baias, as atividades não se resumem apenas à paridura das vacas. Ali, professores e alunos se dedicarão à melhoria genética animal e organizarão o abate.
Em dez baias e em sistema semi-aberto, o instituto criará carneiros da raça Santa Inês, muito comum na região nordeste brasileira, resultante do cruzamento intercorrente das raças Bergamacia, Morada Nova, Somalis e outros ovinos sem raça definida.
Até o início do segundo semestre de 2016, o plano de negócios está centrado na produção de frangos de corte semi-caipira e caipirão. Para atender o aviário e a pocilga, a direção do instituto está adquirindo bebedouros, comedouros, silos, e na sequência irá adquirir matrizes.
Indicadores de êxito na atividade avícola animam o instituto. Em maio de 2015, em palestra na feira “Rondônia Rural Show”, o engenheiro químico Mário Blacht (Instituto Globoaves) anunciava que a Amazônia Ocidental Brasileira tem condições de criar o melhor frango e a melhor galinha caipiras. Ele atribui essa vantagem à luz do sol, que é forte na região, proporcionando “situação bem mais confortável do que no sul do País, em se tratando do desenvolvimento animal”.
DESCONTOS EM CURSOS DE GRADUAÇÃO
Em dezembro de 2015, o instituto firmou convênio com a Faculdade de Ciências Biomédicas de Cacoal (Facimed), pelo qual concederá descontos especiais nas mensalidades dos cursos de graduação a estudantes concluintes do curso técnico em agroecologia.
“Já temos laboratório e ainda este ano devemos ganhar o laboratório de solo”, prevê a diretora Eliane Faria. Recursos para esse fim deverão ser obtidos em Brasília pelo deputado federal Luiz Cláudio Pereira Alves.
Será de 40% o desconto no vestibular da Facimed, para os cursos de graduação com alunos de administração, arquitetura e urbanismo, biologia, ciências contábeis, educação física, enfermagem, engenharia elétrica, farmácia, fisioterapia, medicina, medicina veterinária, odontologia e psicologia.
Fonte
Texto: Montezuma Cruz
Fotos: Ésio Mendes
Secom - Governo de Rondônia
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