Terça-feira, 6 de novembro de 2007 - 17h18
Presidente francês pede a procuradora de Justiça em Caiena que esclareça exploração de mão-de-obra escrava e maus-tratos a garimpeiros brasileiros
MONTEZUMA CRUZ
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BRASÍLIA – A pedido do presidente da França, Nicolas Sarkozy, a promotora de Grandes Instâncias (cargo correspondente ao de procuradora de Justiça) da Guiana Francesa, Claire Lanet, receberá nesta terça-feira, por volta de 17h30 (horário de Brasília), no Aeroporto Internacional de Caiena, a deputada Lucenira Pimentel (PR-AP) e o ministro Eduardo Gradilone, diretor do Departamento das Comunidades Brasileiras no Exterior. Eles viajaram para o país vizinho, a fim de esclarecer situações de maus-tratos a garimpeiros brasileiros no município de Maripa-Soula, a meia hora de vôo da capital da Guiana.
Lucenira, integrante da Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, e o ministro do Itamaraty, viajaram para a Guiana Francesa acompanhados do prefeito de Macapá, João Henrique Rodrigues Pimentel (PT). Serão também recebidos pelo cônsul brasileiro em Caiena, ministro Carlos Augusto Loureiro.
Antônio Wilame Pereira de Souza, 40 anos, um dos garimpeiros resgatado num helióptero da polícia francesa de um dos garimpos repletos de maranhenses, amapaenses, paraenses e amazonenses, em Maripa-Soula, deverá ser ouvido quarta-feira pela promotora Claire Lanet. A audiência ocorrerá na presença da deputada e do ministro Gradilone.
Condenação
A deputada e o ministro vão se inteirar das denúncias do uso de mão-de-obra escra va de garimpeiros pelo empresário francês Jean Béna, acusado de explorar brasileiros nos garimpos de Dorlem e Uaiqui. Ele mora em Kourou, foi condenado em primeira instância pela justiça, está com mandado de prisão desde 2004. As autoridades brasileiras vão conhecer o processo que tramita na Justiça da Guiana Francesa.
A assessoria da deputada informou hoje à Agência Amazônia que dois dos empregados de Béna, acusados de torturar o garimpeiro Isaías Souza Santos, foram condenados à prisão, nesta segunda-feira, pelo Tribunal de Justiça. A situação em Maripa-Soula ficou conhecida no exterior e já repercutiu no jornal francês Le Mond e. Isaías morava em Roraima quando foi convidado por amigos para ir catar ouro. Lá chegando, deparou com a ação de quadrilhas que roubavam o metal e matavam garimpeiros. Mesmo assim, conforme relatou Souza, tinha planos para ficar no garimpo. Foi quando um bando armado seqüestrou-lhe, junto com outros companheiros, atando-lhes as mãos com fita isolante, "dos pés à cabeça".
Segundo o jornal France-Guyane, publicado em francês, em 2003 Béna foi processado e condenado pela exploração de uma mina na montanha Livrée. Em março de 2007, Béna solicitou e conseguiu o adiamento de seu processo, sob alegação de que nunca fora ouvido nem confrontado com seus acusadores.
De acordo com um procurador da Justiça da Guiana, na verdade ele quis valorizar sua apresentação e obter a garantia de que não seria preso. Béna será julgado no próximo dia 16.morava em Roraima quando foi convidado por amigos para ir catar ouro. Lá chegando, deparou com a ação de quadrilhas que roubavam o metal e matavam garimpeiros. Mesmo assim, conforme relata Pereira, Isaías tinha planos para ficar no garimpo. Foi quando um bando armado seqüestrou-lhe, junto com outros companheiros, atando-lhes as mãos com fita isolante, "dos pés à cabeça".
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