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Montezuma Cruz

Fundo Amazônico aguarda propostas de 9 cidades



Plano Nacional de Mudança Climática prevê redução de 70% do desmatamento até 2017. Há US$ 110 milhões em caixa e vem mais.

MONTEZUMA CRUZ 
Agência Amazônia 
 

BRASÍLIA – Por enquanto não se conhece nenhuma proposta ou projeto que já deveriam ter sido debatidos em prefeituras, nas câmaras de vereadores e nas assembléias legislativas. Existem apenas assopros em institutos ou nas organizações não-governamentais e as sucessivas queixas de parlamentares contra “beneficiários de fora”, como ocorreu quando o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) anunciou a licitação para a exploração, por particulares, da primeira Floresta Nacional Amazônica, na região do Jamari.

Este é o quadro de véspera para a qualificação de Belém, Boa Vista, Cuiabá, Imperatriz, Macapá, Manaus, Porto Velho, Palmas e Rio Branco como gestoras na expansão e conservação de florestas protegidas.

Está em jogo o Fundo Amazônico, um dos apoiadores para que o País alcance metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Mudança do Clima, entre as quais, a redução de 70% do desmatamento até 2017. O fundo que vai contemplar também empresas privadas possui em caixa US$ 110 milhões (R$ 202,2 milhões doados pela República da Noruega). Esse país deverá doar mais US$ 1 bilhão (R$ 1,83 bilhão) nos próximos sete anos, mas a liberação só ocorrerá se a floresta ficar em pé. 

Fundo Amazônico aguarda propostas de 9 cidades  - Gente de Opinião

Proposta empresarial para a Flona do Jamari visa conquistar dinheiro do BNDES para manter a floresta em pé /M.CRUZ


Quem leva

Segundo informou hoje SFB, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), executor do fundo, analisará propostas relacionadas ao estímulo a processos sustentáveis de produção, desenvolvimento de pesquisa e gestão ambiental.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou no mês passado, em Manaus, a existência de mais de 70 propostas de instituições, entre as quais, o Museu Paraense Emílio Goeldi, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Mas o BNDES informa que ainda não aprovou projetos. Os mais adiantados estão sob sigilo bancário.

Em situação confortável, elas já despertam ciúmes entre as ONGs. O Greenpeace, por exemplo, não vê razão para que o governo doe dinheiro a órgãos públicos. No entanto, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia apóia a destinação de recursos a empresas em condições de “mudar o viés do lucro”.

Nesse aspecto, a Amatra, vencedora da licitação para a exploração da Flona Jamari – a primeira Flona do País – espera ter condições de fazer um manejo para conservar árvores nativas nessa região rondoniense a cerca de cem quilômetros de Porto Velho. A Alemanha, conforme revelou há dois meses a Agência Amazônia, comprometeu-se a doar ao fundo 18 milhões de euros (R$ 46,9 milhões).

Lembra o SFB que o entorno do Jamari se caracteriza por áreas muito visadas por madeireiros. “Por laranjas também”, alerta a Polícia Federal, que dá cobertura ao Ibama na apreensão de madeira bruta retirada clandestinamente dali. 

Fonte: Montezuma Cruz - A Agência Amazônia  é parceira do Gentedeopinião.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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