Porto Velho (RO) quarta-feira, 23 de abril de 2025
opsfasdfas
×
Gente de Opinião

Montezuma Cruz

Fundo Amazônico aguarda propostas de 9 cidades



Plano Nacional de Mudança Climática prevê redução de 70% do desmatamento até 2017. Há US$ 110 milhões em caixa e vem mais.

MONTEZUMA CRUZ 
Agência Amazônia 
 

BRASÍLIA – Por enquanto não se conhece nenhuma proposta ou projeto que já deveriam ter sido debatidos em prefeituras, nas câmaras de vereadores e nas assembléias legislativas. Existem apenas assopros em institutos ou nas organizações não-governamentais e as sucessivas queixas de parlamentares contra “beneficiários de fora”, como ocorreu quando o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) anunciou a licitação para a exploração, por particulares, da primeira Floresta Nacional Amazônica, na região do Jamari.

Este é o quadro de véspera para a qualificação de Belém, Boa Vista, Cuiabá, Imperatriz, Macapá, Manaus, Porto Velho, Palmas e Rio Branco como gestoras na expansão e conservação de florestas protegidas.

Está em jogo o Fundo Amazônico, um dos apoiadores para que o País alcance metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Mudança do Clima, entre as quais, a redução de 70% do desmatamento até 2017. O fundo que vai contemplar também empresas privadas possui em caixa US$ 110 milhões (R$ 202,2 milhões doados pela República da Noruega). Esse país deverá doar mais US$ 1 bilhão (R$ 1,83 bilhão) nos próximos sete anos, mas a liberação só ocorrerá se a floresta ficar em pé. 

Fundo Amazônico aguarda propostas de 9 cidades  - Gente de Opinião

Proposta empresarial para a Flona do Jamari visa conquistar dinheiro do BNDES para manter a floresta em pé /M.CRUZ


Quem leva

Segundo informou hoje SFB, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), executor do fundo, analisará propostas relacionadas ao estímulo a processos sustentáveis de produção, desenvolvimento de pesquisa e gestão ambiental.

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou no mês passado, em Manaus, a existência de mais de 70 propostas de instituições, entre as quais, o Museu Paraense Emílio Goeldi, o Instituto Chico Mendes de Biodiversidade, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, e o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. Mas o BNDES informa que ainda não aprovou projetos. Os mais adiantados estão sob sigilo bancário.

Em situação confortável, elas já despertam ciúmes entre as ONGs. O Greenpeace, por exemplo, não vê razão para que o governo doe dinheiro a órgãos públicos. No entanto, o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia apóia a destinação de recursos a empresas em condições de “mudar o viés do lucro”.

Nesse aspecto, a Amatra, vencedora da licitação para a exploração da Flona Jamari – a primeira Flona do País – espera ter condições de fazer um manejo para conservar árvores nativas nessa região rondoniense a cerca de cem quilômetros de Porto Velho. A Alemanha, conforme revelou há dois meses a Agência Amazônia, comprometeu-se a doar ao fundo 18 milhões de euros (R$ 46,9 milhões).

Lembra o SFB que o entorno do Jamari se caracteriza por áreas muito visadas por madeireiros. “Por laranjas também”, alerta a Polícia Federal, que dá cobertura ao Ibama na apreensão de madeira bruta retirada clandestinamente dali. 

Fonte: Montezuma Cruz - A Agência Amazônia  é parceira do Gentedeopinião.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

Gente de OpiniãoQuarta-feira, 23 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)

VOCÊ PODE GOSTAR

E a repórter foi à ZBM, de bicicleta!

E a repórter foi à ZBM, de bicicleta!

Setembro de 1979: no bairro do Roque e de suas casas noturnas com suas luzes estroboscópicas e mulheres bem-vestidas, o segundo escalão da zona do bai

A noite era uma criança no trevo do Roque

A noite era uma criança no trevo do Roque

Boêmios e demais criaturas que frequentavam a noite da Capital rondoniense desfrutavam de excelentes casas noturnas entre as décadas de 1960 e 1970. O

Exigência de vistos para turistas é prejudicial ao Brasil, desmotiva a convergência do turismo e em nada afetará os países citados pelo Itamaraty

Exigência de vistos para turistas é prejudicial ao Brasil, desmotiva a convergência do turismo e em nada afetará os países citados pelo Itamaraty

Portador de dupla cidadania (brasileira e estadunidense) Samuel Sales Saraiva, ex-suplente de deputado federal (PMDB-RO) e autor intelectual de impo

Reciclagem de vidros se impõe a Rondônia

Reciclagem de vidros se impõe a Rondônia

Segundo o químico francês Antoine-Laurent de Lavoisier, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Pensando nisso, podemos notar que

Gente de Opinião Quarta-feira, 23 de abril de 2025 | Porto Velho (RO)