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Montezuma Cruz

EUA reabrem o debate sobre iminente ataque nuclear; rondoniense sugeria providências em 2016


Apelo de brasileiro na Casa Branca - abrigo nuclear - Gente de Opinião
Apelo de brasileiro na Casa Branca - abrigo nuclear

Para algumas pessoas, a ideia de uma guerra nuclear é inimaginável. Outras, por sua vez, fazem planos. Em 2016, o rondoniense Samuel Sales Saraiva recebeu do Departamento de Licenças do Estado de Maryland (EUA) o home improvement (melhoramento da casa), condição que o habilitou a desenvolver na área metropolitana de Washington, DC um projeto para construção de shelters para proteção de famílias de americanos e estrangeiras no país.

Trata-se de um bunker ou refúgio que serve de abrigo em furacões, terremotos, ou eventuais ataques aéreo, nuclear e químico.

Seis anos depois, ele telefonou ontem da Capital norte-americana, para informar que as jornalistas Ambar Phillips e Caroline Anders publicaram artigo no jornal The Washington Post, tratando exatamente de iminentes ataques nucleares.


Ao conceber aquele projeto, Saraiva demonstrou respeito ao velho pensamento bem presente na língua inglesa: “better safe than sorry” (“melhor prevenir que remediar”).

O horror está de volta. A mídia americana desperta novamente para o perigo desses ataques.

“Quais seriam as consequências em caso da deflagração de um conflito nuclear que poderiam sofrer países cujos líderes abertamente declararam solidariedade à Rússia e seu aloprado presidente?”, indaga Saraiva.

 

“Seriam incluídos na condição de aliados ao país hostil?  Como fica o Brasil, já que o presidente Bolsonaro apoiou Putin no ataque à Ucrânia?”, questiona.

 

A percepção de longo prazo antecipada por Saraiva já prevendo um cenário possível de ataque nuclear sugeria em frente à Casa Branca [sede do Governo dos EUA] a construção de refúgios apropriados para salvar milhões de pessoas. Ele falou feito um Noé, porém, poucas pessoas em Washington imaginaram que essa ameaça se apresentaria forte poucos anos depois.


O TEXTO NO WASHINGTON POST

 

Estamos em risco de uma guerra nuclear  eis o título publicado quinta-feira, 17 de março, pelo Washington Post: “Esta semana, as Nações Unidas tocaram um grande alarme: o conflito nuclear está “de volta ao reino das possibilidades”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres.

 

Ele atribuiu isso ao presidente russo, Vladimir Putin, dizendo que colocou suas forças nucleares em alerta quando a guerra na Ucrânia começou. À medida que a guerra se arrasta, as autoridades e os políticos dos EUA parecem pensar que isso também é uma possibilidade. Putin é imprevisível e está armado com armas nucleares.

 

"Ele está realmente encurralado", disse o deputado Seth Moulton (D-Mass.) à CNN esta semana. “Ele não sabe o que fazer e, embora estejamos todos empolgados com isso pelo bem da Ucrânia, na verdade fica estrategicamente mais complicado e estrategicamente mais perigoso.”

 

"O senador Marco Rubio (R-Fla.) disse sobre Putin na semana passada na CNN: "Você vê uma pessoa que agora está envolvida em um conflito que não pode vencer... Ele terá que fazer alguma coisa, alguma escalada, alguma amplificação desta crise, a fim de restaurar o equilíbrio estratégico, em sua opinião, com o Ocidente. E estou preocupado com o que essas coisas podem ser.”

 

O senador Joe Manchin (D-W.Va.) esta semana, também na CNN: “Lembramos da crise dos mísseis cubanos, e havia apenas duas superpotências que tinham armas nucleares. Pense em todos os países que estão agora e no que isso pode se transformar. Isso é o que é alarmante para nós todos.”

 

E o presidente Biden disse à NBC em fevereiro: “Estamos lidando com um dos maiores exércitos do mundo. Esta é uma situação muito difícil, e as coisas podem enlouquecer rapidamente”.

 

Ok, mas quão preocupados devemos realmente estar?

Apesar de toda a conversa sobre o que poderia dar errado, um funcionário do governo me colocou desta forma: os militares dos EUA não alteraram sua postura de defesa nuclear. Ou seja, não está tomando precauções extras para estar pronto para um ataque nuclear."

 

“Não há motivo para preocupação imediata”, disse este funcionário, falando sob condição de anonimato para discutir deliberações internas. “Não vamos entrar em uma guerra nuclear.”

 

A razão pela qual os funcionários do governo se sentem tão confiantes: Biden não está nem perto de oferecer à Ucrânia o que ela mais deseja, uma zona de exclusão aérea. Ele acredita firmemente que isso poderia levar a um conflito direto com a Rússia, o que poderia levar a uma guerra nuclear.

 

Por que Biden chamou Putin de “criminoso de guerra” (e o que isso significa)?

 

"Na quarta-feira, Biden usou palavras que seu governo estava evitando: 'Acho que ele é um criminoso de guerra', disse ele sobre Putin, respondendo à pergunta gritada por um repórter.

 

Outros líderes mundiais disseram acreditar que a Rússia está cometendo crimes de guerra. Mas o governo Biden teve o cuidado de não ir tão longe, talvez não querendo sair à frente de qualquer investigação internacional. O Departamento de Estado tem sua própria revisão sobre isso.

 

Então, o que motivou Biden? Nós realmente não sabemos, mas é notável que sua admissão ocorreu no dia em que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky implorou a Biden, na frente do Congresso, por ação dramática. Biden respondeu com US$ 800 milhões em ajuda militar adicional, mas rejeitou dois dos maiores pedidos de Zelensky.

 

Então, talvez Biden estivesse procurando pelo menos dar a Zelensky essa demonstração simbólica de apoio, embora nomear Putin um criminoso de guerra não faça muito para parar a guerra."

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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