Quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014 - 05h11
O marco fora do lugar
MONTEZUMA CRUZ
Amazônias
Apesar das bilionárias obras de hidrelétricas no Rio Madeira e da recuperação de uma parte do que restou do acervo da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, o antigo marco divisório entre os estados do Amazonas e Mato Grosso, em Porto Velho, foi recolocado pelo menos três quilômetros fora do seu lugar original.
Um ano atrás, a correnteza formada em consequência da abertura das comportas da Usina de Santo Antônio arrastou o monumento de concreto inaugurado em 1911, praticamente destruindo-o.
"Acto" inaugural em 1911
Cons está escrito numa linha, truído na outra. Com a reprovável quebra da palavra, até nisso a recuperação do marco é mais um ato falho na conservação do patrimônio histórico rondoniense.
Com base triangular e dois metros de altura, seus lados se afunilam ao vértice. O marco divisório ou marco de limites é uma linha imaginária a 8° 45’, que se situava na época entre Mato Grosso e Amazonas, tendo Porto Velho e Santo Antônio do Rio Madeira aproximadamente a quatro quilômetros de distância do ponto zero da ferrovia. Agora, está a 7 km.
“Não tem sentido, é uma irresponsabilidade”, protesta o presidente da Associação dos Amigos da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, arquiteto Luiz Leite de Oliveira. “Infelizmente, a colocação dessa peça histórica, por ignorância ou maldade, está em lugar errado”, lamenta Oliveira. Segundo ele, qualquer determinação nesse sentido configura-se “irregularidade ou até improbidade administrativa”. Ele reivindica urgente posicionamento do Serviço de Patrimônio da União e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
Outros marcos são bem conservados no País, por isso Rondônia aparenta triste exceção à regra. Nas Três Fronteiras – Brasil-Paraguai-Argentina – o obelisco idealizado pelo marechal Cândido Rondon e por Dionísio Cerqueira no Bairro Porto Meira, está pintado de verde-amarelo. Argentinos também conservam o seu marco, na margem direita do Rio Paraná.
Estrangeiros e celebridades nacionais visitaram o marco rondoniense nos anos 1920, entre eles o poeta, escritor e crítico literário Mário de Andrade e a pintora e desenhista Tarcila do Amaral.
E a repórter foi à ZBM, de bicicleta!
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