Quinta-feira, 21 de agosto de 2008 - 10h50
Em palpos de aranha por conta do tráfico de influência exercido na direção da Casa, o senador Efraim Moraes (DEM-PB) prova do fel. Foi com tanta sede ao pote que agora sua falastrice já não convence.
E a Conservo, dona de grandes negócios no Senado, vem conseguindo conservar-se, apesar de atingida pelos estilhaços da concorrência. Nesse imbróglio estão entalados até a goela o senador paraibano e o diretor geral do Senado, Agaciel Maia. Essa empresa aterrissou nos ministérios também. Em 2004, convidado pelo ministro Amir Lando, passei uns tempos na Assessoria de Comunicação Social, no Ministério da Previdência Social.
Em agosto de 2005, antes de me transferir para Maringá (PR), onde trabalhei um período em "O Diário do Norte do Paraná", presenciei a chegada da Conservo para substituir a RJA Serviços Editoriais. Indicada ao ex-presidente FHC por um senador baiano, ela faturava R$ 5 milhões mensais e, por incrível que pareça, burlava o próprio INSS, ao sonegar os recolhimentos mensais. Os donos da empresa sumiram. Houve quem recorresse à Justiça para receber direitos trabalhistas. E a Conservo abriu mais uma porta para o seu reinado.
Agora vê-se o senador Efraim, acusado de fraudar licitações de serviços terceirizados no Senado com apoio de funcionários concursados e o suposto aval do diretor-geral do Senado, Agaciel Maia. A Conservo está na fita.
Notem que sempre há um senador facilitando negócios em Brasília.
Sugestão a Suas Excelências
Que tal estabelecer tempo de mandato para diretores gerais?
Quando um diretor passa dez, 20 ou 30 anos no cargo vira rei. O País tem alguns reis iguais a Agaciel e corre o risco de tornar regra o que deveria ser exeção e zelo pelo erário.
O presidente Garibaldi Alves (PMDB) é da terra natal de Agaciel e vice-versa. Eles se conhecem. Alves deixaria o cargo aplaudido por cortar os "eternos" favorecimentos às empresas terceirizadas e a tudo quanto possa denegrir a imagem do Senado, por conta dessas mazelas. Em nome da transparência que se espera dos poderes públicos.
Só que, a la Pilatos, Alves entregou o dardo ao xerife do Senado, Romeu Tuma, democrata tal qual seu Efraim. É esperar para ver.
Memória: nos tempos do Brasil de Getulio Vargas, o percentual da cobrança de comissões por negócios fechados no poder não passava de 10%. Por conta disso, a filha Alzira ganhou o apelido de "Alzirinha 10%". Era o usual.
No Brasil de hoje, os 10% ganharam um zero. Esfomeados e gananciosos vão com tanta sede ao pote que põem biografias a naufrágio. Quando as têm.
MONTEZUMA CRUZ
Agência Amazônia
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