Domingo, 1 de abril de 2018 - 18h31
No Brasil, quando tudo vai bem na ortografia, alguém a complica. Nomes de cidades ganham apóstrofo, umas sim, outras não.
Apóstrofo é o sinal de pontuação que tem como função indicar a supressão numa palavra, a exemplo de cobra-d'água, estrela d'Alva, Pau d'Óleo, caixa-d'água, Sant'Ana, Vozes d'África, tempos d'antanho, pingo d'água, etc.
O tempo passa no jovem Estado de Rondônia e ninguém se mexe para uniformizar essa anomalia. Duas academias de letras com pelo menos 50 membros, delegacia do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística não bastariam para um acerto conjunto?
Machadinho é d'Oeste, Ouro Preto do Oeste. Novo Horizonte e Pimenteiras são do Oeste,mas São Felipe e Santa Luzia são d'Oeste.
O Sol se põe no lado oeste, e não d'oeste.
Padronizem, por favor. Nenhum metro de chão será arrancado em consequência disso, nenhum recurso deixará de ser depositado em conta por causa de um indigitado apóstrofo que melhor se situa na poesia, acredito.
Ou, se a ideia desagradar autores da façanha, metam apóstrofo em todos, antes, combinando com mandatários e linguistas locais.
Confusos, Tribunais, Assembleia, Governo, Câmaras, Prefeituras, mídia, quando não prestam atenção nos documentos de cada cidade, escrevem incorretamente os seus nomes. Ninguém é poupado, e dessa maneira somos todos analfabetos geográficos, demográficos e ortográficos.
Não consultei Girino, antigo funcionário do IBGE, porém, acredito que em cada uma dessas cidades meia dúzia de iluminados entenderam por beleza meter o apóstrofo nesse Oeste. E assim provocaram essa enjoativa busca toda vez em que alguém se dirige à autoridade de cada um desses municípios.
Sobram funcionários e autoridades municipais inconformados quando leem o nome do município escrito com apóstrofo e este assim não foi batizado. E vice-versa, quando originalmente o tem.
Nestes tempos em que redes sociais "assassinam" o vernáculo e poucos consultam dicionários, evitar a dúvida daria menos dor de barriga e indignação.
Há mais a fazer do que esse enfeite dispensável.
De Periquitos ao Cine Embaúba, Nilsinho exibiu Bruce Lee e Zé do Caixão para alegria dos garimpeiros
Em Periquitos, o primeiro garimpo onde trabalhou, Nilsinho viu muito ouro em movimento. Falo de Eunilson Ribeiro, um dos personagens do meu livro "Ter
Do resgate de línguas indígenas, tupi faz aniversário de 20 anos em Rondônia
Faz 20 anos que o linguista Nilson Gabas Júnior, do Museu Paraense Emílio Goeldi, iniciava em Rondônia seu projeto de resgate da língua tupi. Ele visi
Tem morcego no curral? Chame o Governo
Quero hoje falar de morcegos. O governo estadual tem profissionais competentes que tratam do assunto. Em minha fase de repórter na comunicação social,
Fest CineAmazônia faz falta em tempos de violência e do fim dos pajés na região amazônica ocidental
Como faz falta o Fest CineAmazônia! No atual período de envenenamento agropecuário e ataques latifundiários madeireiros a acampamentos camponeses na r