Domingo, 31 de julho de 2011 - 09h33
MONTEZUMA CRUZ
Editor de Amazônias
Tudo vinha de um olho d’água pobre em nutrientes. O cearense Antônio Xavier de Souza, que tinha 52 anos em 1982, dos quais 37 vividos em Porto Velho era dono do maior criadouro artificial de peixes da Amazônia, com aproximadamente um milhão de peixes.
No entanto, por falta de oxigenação adequada e excesso de espécies carnívoras, caminhava para a extinção. Ali viviam aruanãs, bodós, branquinhas, cascudos, curimatãs, jaraquis, sardinhas, tamoatas, tambaquis e tucunarés. Cascudos resistiam ao baixo nível d’água. Alimentavam-se de ervas aquáticas e capim.
Mesmo assim, essa reserva situada na Fazenda Belmonte, a 20 quilômetros da cidade, constituía um exemplo de preservação, segundo entendia o engenheiro de pesca Demerval Pedrosa, então executor do convênio entre a Secretaria de Agricultura e Superintendência de Desenvolvimento da Pesca.
Sem ligação com o Rio Madeira os três hectares de área alagada foram insuficientes para tamanho número de peixes. A situação se complicou quando Souza deparou com a mistura de predadores carnívoros – que se encarregavam do equilíbrio biológico – com não-carnívoros.
Não havia um controle rígido para evitar ataques dos graúdos às espécies menores. Até jacarés apareceram no lago, misturando-se com o tucunaré e outros “brabos”. Os alevinos estavam definitivamente ameaçados.
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