Quarta-feira, 28 de abril de 2010 - 12h28
MONTEZUMA CRUZ
Amazônias
BRASÍLIA — Com cerca de cem casas e aproximadamente trezentas famílias, Bella Flor repete na fronteira Brasil-Bolívia fenômeno demográfico semelhante ao de Vila Evo, pequena cidade surgida numa das margens do Rio Abunã, após o incêndio que destruiu a Vila Montevideo, em maio de 2007. O acesso a Vila Evo é por estrada vicinal e por água. Bella Flor fica a três quilômetros do centro de Capixaba (AC).
A possibilidade da extensão da energia elétrica brasileira à vila de Bella Flor (no Pando) foi bem aceita pelo novo embaixador da Bolívia, José Alberto Gonzales Samaniego. Ao receber pela primeira vez a visita do coordenador da Frente Parlamentar Brasil-Bolívia, deputado Fernando Melo (PT-AC), ele também manifestou interesse em ativar na região o comércio bilateral.
— Visitei Bela Flor e notei a ansiedade de seus comerciantes e demais moradores em ter energia elétrica, que pode ser estendida a partir de Capixaba — relatou Melo ao embaixador.
Abaixo-assinado
Os moradores estão fazendo um abaixo-assinado para reivindicar oficialmente esse benefício. O deputado sensibilizou-se com a situação e levou o problema a Brasília. Ainda nesta semana ele entrará em contato com dirigentes do Sistema Elétrico para estudar as condições técnicas e a viabilidade das instalações individuais. Ele informou a Samaniego que no Brasil não se cobra por esse serviço, mas pelo consumo.
Samaniego lembrou que uma delegação brasileira formada por empresários dos setores de petróleo, da indústria e do comércio e de ciência e tecnologia, chefiada pelo assessor especial da Presidência da República para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia visitou La Paz este mês.
Representantes da Petrobras e da Eletrobras também foram. Na ocasião Garcia discutiu acordos já existentes entre o Brasil e a Bolívia, além de planos de integração nos setores hidrelétrico, industrialização de gás e uso de tecnologia.
Fronteira movimentada
Depois de três anos e meio trabalhando em Buenos Aires (Argentina), o embaixador foi transferido para Brasília. O deputado convidou-o para visitar a Câmara e conhecer os demais integrantes da Frente Parlamentar Brasil-Bolívia.
— Excelente a sua proposta de ajuda! — disse Samaniego. Em seguida, consultou Melo sobre a necessidade de melhorar as exportações bolivianas para o Acre e Rondônia principalmente.
— Vamos pesquisar quais os nossos produtos com maior oportunidade de venda para o Brasil, e esperamos iniciar uma fase promissora de negócios naquela região fronteiriça— comentou.
Segundo Samaniego, até maio próximo será possível avaliar as ofertas. Na outra rota, os bolivianos vêm adquirindo castanha no Acre, o que transforma completamente a situação desse negócio na região.
O deputado combinou com ele uma visita às federações da indústria e do comércio do Acre, em Rio Branco. O embaixador disse que irá.
LEIA TAMBÉM
Acre receberá brasileiros repatriados da Amazônia Boliviana
E a repórter foi à ZBM, de bicicleta!
Setembro de 1979: no bairro do Roque e de suas casas noturnas com suas luzes estroboscópicas e mulheres bem-vestidas, o segundo escalão da zona do bai
A noite era uma criança no trevo do Roque
Boêmios e demais criaturas que frequentavam a noite da Capital rondoniense desfrutavam de excelentes casas noturnas entre as décadas de 1960 e 1970. O
Portador de dupla cidadania (brasileira e estadunidense) Samuel Sales Saraiva, ex-suplente de deputado federal (PMDB-RO) e autor intelectual de impo
Reciclagem de vidros se impõe a Rondônia
Segundo o químico francês Antoine-Laurent de Lavoisier, na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Pensando nisso, podemos notar que