Terça-feira, 8 de abril de 2008 - 10h15
Bancos não financiam mandioca
no tempo certo na Amazônia
MONTEZUMA CRUZ
BRASÍLIA – Os bancos fecham os olhos à realidade mandioqueira na Amazônia. Sena Madureira, no Acre, é exemplo disso. Com 34 mil habitantes, o terceiro município do estado não obtém financiamentos bancários para expandir as lavouras na época certa. Segundo o extensionista Joaquim Moisés, da Secretaria Municipal de Agricultura e Produção, a mandioca acreana tem dois ciclos anuais (abril-maio e outubro-dezembro), com produtividade média de 40 a 60 toneladas/ha, superior à paulista, de 33 t e à nacional, de 13 t.
"Nosso plantio é no grosso, sem muita seleção. Se o solo for bem tratado, a gente passa de 80 toneladas", ele garante. Os entraves do financiamento da lavoura estão inquietando os pequenos agricultores interessados em ampliar lavouras. As agências do Banco da Amazônia S/A e do Banco do Brasil S/A trabalham apenas com o segundo ciclo, o mesmo que vigora na região sul do País. "Isso é prejudicial para quem se dispõe a plantar mais", queixou-se o deputado Fernando Melo (PT-AC), membro titular da Comissão de Agricultura. Ele prometeu levar o assunto à comissão, na expectativa de convencer o Banco do Brasil a adotar os dois ciclos. "Basta querer e tudo se resolve", disse o parlamentar.
50 centavos por pé
Até há 20 anos, as fecularias brasileiras trabalhavam no plantio tradicional, de maio a outubro. Para Moisés, o ideal em Sena Madureira é formar lavouras após o inverno amazônico, no período de maio a agosto. O mercado de Sena Madureira paga 50 centavos pelo pé de mandioca. Em distâncias maiores, esse preço baixa, informa Moisés. O município planta as cultivares nativas pirarucu, panati e araçá. É grande o êxito das nativas acreanas. A partir dos nove meses, a araçá está pronta para ser beneficiada. A variedade pirarucu tem um ciclo de 16 meses.
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O extensionista Joaquim Moisés (à direita) acredita que o Acre produzirá mais se for reconhecido / M.CRUZ |
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