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Lucio Albuquerque

Julho - Tudo a ver com nossa história



Para quem pesquisa ou estuda a História de Rondônia, uma constatação é inevitável: julho é, certamente, o mês que mais tem a ver com a História desta região, especialmente quando o assunto é a mais conhecida obra que temos por aqui, a ferrovia Madeira-Mamoré.

No total há pelo menos 10 fatos diretamente ligados à história rondoniense e à Madeira-Mamoré, envolvendo ocorrências como a proclamação da República do Acre, em 1899, passando pelo que muitos chamam de “nacionalização”, enquanto outros afirmam que apenas o governo brasileiro assumiu o que ficou estabelecido no contrato com a construtora da EFMM, até chegar à extinção das ações da “madrevia” cujo principal livro é o de Manoel Rodrigues Ferreira, intitulado “Ferrovia do Diabo”.

No contexto das datas importantes é interessante notar a presença de um dia especial, o 4 de julho, que pode ter aparecido na nossa história por serem, os construtores da Madeira-Mamoré cidadãos norte-americanos, e o quarto dia do mês ter sido escolhido por coincidir com o Independence Day – quem sabe?

Mas aqui há uma outra coincidência, quando num (também) 4 de julho o presidente JK derrubou a última árvore que separava as duas turmas de desmatamento da rodovia BR-29, atual BR-364, fato ocorrido em Vilhena.
 

Vamos à lista:

Dia 1 – Em 1912 – Começa a vigorar o contrato do Governo brasileiro com a empresa The Madeira-Mamoré Railway Limited arrendando por 60 anos a exploração da ferrovia Madeira-Mamoré (Francisco Matias – Pioneiros – Ocupação Humana e Trajetória Política de Rondônia).

Dia 4 – Em 1878 – A construtora P. & T. Collins faz circular a primeira locomotiva na Amazônia, num trecho inicial da Madeira-Mamoré. A máquina foi batizada com o nome de Coronel Church e capotou pouco depois da saída (Antonio Cantanhede, Achegas para a História de Porto Velho).

Dia 4 – Em 1909 – Circula o The Porto Velho Times, primeiro jornal impresso em Porto Velho, todo em língua inglesa (Lúcio Albuquerque, Da Caixa Francesa à Internet, Um século da Imprensa em Rondônia).

Dia 4 – Em 1960 – O presidente JK desembarca em Vilhena para derrubar a última árvore entre as duas turmas de construção da BR-29, atual BR364 (Paulo Nunes Leal, O Outro Braço da Cruz).

Dia 7 – Em 1911 – O presidente Hermes da Fonseca assina o decreto 8.776 que determina seja concedida à construtora da Madeira-Mamoré a faixa de 150 metros para cada lado dos trilhos da ferrovia. Com isso criou-se a Avenida divisória (hoje Avenida Presidente Dutra), cada lado com suas normas (Antonio Cantanhede, Achegas para a História de Porto Velho).

9 – 1910 – O sanitarista Osvaldo Cruz chega a Porto Velho acompanhado do médico Belisário Pena. Eles vão fazer o levantamento sanitário da construção da EFMM, especialmente no tocante a medidas ao combate à malária e à febre amarela (site gentedeopiniao.com.br, julho/2010).

10 – 1931 – Pelo decreto 20.200 o governo brasileiro restabelece os serviços da EFMM e nomeia o capitão Aluízio Ferreira para ser seu administrador – o primeiro brasileiro na função. É a Nacionalização da Madeira-Mamoré (Vitor Hugo, Cinquenta anos do Território Federal do Guaporé).

10 – 1972 – O último trem apita no pátio da Madeira-Mamoré em Porto Velho. Está extinta a ferrovia (Vitor Hugo, Cinquenta anos do Território Federal do Guaporé).

10 – 1981 – O governador Jorge Teixeira reativa trecho de Porto Velho a Santo Antonio da ferrovia Madeira-Mamoré (Vitor Hugo, Cinquenta anos do Território Federal do Guaporé)

12 – 1972 – O Ministério dos Transportes homologa a determinação de erradicar a ferrovia Madeira-Mamoré (Vitor Hugo, Cinquenta anos do Território Federal do Guaporé).

30 – 1965 – O presidente Castelo Branco assina o decreto 56.629 criando o 5º Batalhão de Engenharia de Construção, com sede em Porto Velho e responsável pela manutenção dos trechos rondoniense e acreano da rodovia BR-364 (Gen. Bgda. Tibério Kimmel de Macedo, Eles não viveram em vão - sobre o 5º BEC).

Em tempo: As datas e fatos citados, com seus autores e fontes, estão inseridas no livro “Datas de Rondônia”, a ser editado em seis fascículos a partir de janeiro de 2012, uma contribuição para divulgar os autores e oportunizar a que se conheça melhor a história de Rondônia.

Inté outro dia, se Deus quiser!

 

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Fonte:Lúcio Albuquerque [email protected]

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