Domingo, 13 de maio de 2012 - 20h16
Foi numa conversa despretensiosa sobre os estragos causados pelo “fogo amigo” que a dúvida se instalou. O papo era restrito às articulações de Lula para instalar a CPI do Cachoeira e uma frase ficou batucando na minha cabeça: “a quem interessa instalar uma CPI que tem tudo para desestabilizar o governo Dilma?” À Dilma não. O estrago visível do fogo amigo é só o começo do que ainda pode vir e que ninguém sabe precisar quanto tempo vai durar.
Por vias, processos e velocidades diversos a Assembléia Legislativa de Rondônia e o Congresso estão no olho do furacão. Em Brasília de forma rápida, a CPMI foi instalada e o Conselho de Ética acionado para apurar denúncias quem enchem e transbordam a Praça dos Três Poderes, contra membros dos... Três Poderes. É chegada a hora. É preciso acionar a guilhotina e rápido. Por aqui o Conselho de Ética criado a toque de caixa antecedeu uma desejável CPI o que leva à lógica Highlander de que cabeças cortadas resolvem conflitos e aplacam a sede de justiça. Ora, ora, ora, estaríamos burlando a Constituição numa cláusula pétrea e criando a pena de morte política contra a presunção da inocência constitucional? Não sei. Mas sei que isso é perigoso.
Na próxima sexta feira a Termópilas faz aniversário. Seis meses de vida e até agora nada em termos políticos, salvo a esdrúxula fuga mantida pelo ex-quase-futuro-deputado-presidente, Valter Araujo, e que o atual presidente Hermínio Coelho disse em entrevista ser“indefensável”.
Hermínio Coelho não é advogado, mas preside a Assembléia Legislativa e por analogia é juiz no processo. Ao classificar seu antecessor esqueceu que é dele por herança, a presidência que o “indefensável” perderá, inclusive com o seu voto já revelado em caso de empate. Hermínio talvez não tenha percebido, mas criou duas classes políticas de deputados: os defensáveis e o “indefensável” Valter. Haverá outra classe? Classe do tipo: “cabras marcados para morrer”?
O tempo urge, o processo precisa ser fechado para que cabeças enfim separadas dos pescoços aplaquem a sede de justiça, mas preciso voltar a dezembro de 2011 quando a conversa surgiu pela primeira vez, tomou corpo e virou mantra: “Valter será cassado e os deputados se safam”.
Há poucos dias e da mesma forma como surgiu o mantra da cassação do Valter, outro começa a ser repetido seguindo a mesma lógica Highlander e um estigma: “Epifânia vai ser cassada”.
Volto a Brasília. A cassação do Demóstenes Torres deverá acontecer, mas com rito processual e de igual forma os ritos legais precisam ser respeitados aqui. Que qualquer deputado pague o seu erro na justa medida do que preceitua a lei e pelo crime que efetivamente cometeu.
A quem interessa que a deputada Epifânia Barbosa – estigmatizada – seja cassada antes que o seu julgamento ocorra? É hora de pensar a respeito. A saída de deputados eleitos abre vagas para quem não obteve na urna a votação necessária para exercer o cargo. A troca de cadeiras resolve alguma coisa ou tudo isso é pano de fundo para um reordenamento político com vistas às eleições municipais e no caso da Epifânia, à Prefeitura de Porto Velho?
Amanhã eu conto um pouco mais disso e do “fogo amigo”.
Leo Ladeia
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