Sábado, 8 de março de 2014 - 05h16
Felipe Azzi
Muito se fala de Padres que deixam o serviço religioso para assumir compromisso na vida laical. Em geral, são comentários carregados de espanto, como se os sacerdotes fossem extraterrestres, cidadãos galácticos ou seres gerados em engenhosa criação isolada do mundo.
Não seria nem necessário dizer, mas o sacerdote é uma pessoa comum, que deixa a família, projetos de vida, abrindo mão de benesses da vida secular, enfim, deixa tudo para abraçar o Ofício Religioso, o Celibato consagrado e o despojamento das coisas, movido por uma vocação despertada ou motivada.
Creio que as vocações legítimas, para qualquer ofício, são aquelas despertadas naturalmente e por desejo ardente e determinado, que geram profissionais equilibrados e competentes. É, portanto, necessária uma revisão na crítica, por vezes mordaz, para avaliar o que de fato leva uma pessoa a abandonar uma vocação aparentemente bem norteada. Às vezes, o jovem foi induzido a abraçar a carreira profissional escolhida na força dos desejos de pais e avós, para manter a tradição familiar, ou para servir o Altar, pela beleza do ofício ou para conquistar a salvação esperada no cumprimento de promessas.
As apelações mundanas seduzem a todos – homens e mulheres, casados e solteiros, personalidades e religiosos em geral. É preciso ter uma vocação consciente e responsável, escolhida e maturada livremente, para resistir às mutações de toda ordem que a vida oferece em mostruário tentador.
No caso do sacerdote, as críticas chegam a ser viperinas, desconhecendo que o padre, ao renunciar à vida religiosa e missionária, em busca da verdadeira e natural vocação, deixa a “VINHA” para cuidar de um “LAGAR” que também pertence ao Senhor.
Lembro-me aqui, com admiração, do “Analista de Bagé”. Alguns padres, para se livrar das investidas tentadoras, recorrem à “Terapia do Joelhaço”, embalsamando o “bem-querer” mal direcionado,mandando-o para as profundezas consumidoras, onde são curtidos os sentimentos nascidos do impossível.
Outros, mais conscientes da piedade cristã, também resistem, mas dão solução curativa por meio de Sacramentais, como foi ocaso do reverendo Pio Aparecido: saindo o sacerdote de uma Celebração Eucarística, onde havia provocado suspiros femininos com a força de sua homilia, eis que, antes mesmo de retirar os paramentos, entra na Sacristia uma “jovem”, aos prantos, suplicando:
– Padre... Estou desesperada!... Preciso do senhor como a terra seca pede água para germinar a semente... Ajude-me!
O sacerdote, com a força da vocação despertada ainda na adolescência juvenil e fiel ao compromisso com Cristo, foi prestimoso e medicamentoso:
– Não seja por isso, Filha... Leve este frasco de “ÁGUA BENTA” e tome uma colher das de chá a cada duas horas. Garanto que o seu desespero vai sumir, tal qual o diabo fugindo da Cruz!
Presto, neste final, merecido tributo aos sacerdotes de todas as Ordens, Congregações e Institutos Religiosos que, alheios – mas vencendo toda sorte de apelações – se mantêm firmes na vocação que escolheram: conduzir as ovelhas que puder ao Redil do Senhor.
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