Quarta-feira, 14 de agosto de 2013 - 00h13
Felipe Azzi
ANTIÓGENES PARAGUAÇU, amanuense das Rendas Aduaneiras de TINGÓ DO ALTO, nas folgas do ofício, gostava de caçar, apesar de molestado de “espinhela caída”, que dificultava o seu caminhar.
Certa vez, na “pascana” de suas caçadas, sucederam fatos intrigantes. Primeiro, tentou abater um JACU descuidado em galho de tiro próximo e errou. A cada tiro, o JACU saltava ou mudava de lugar, em jeito zombeteiro. Como se não bastasse, surgiu um CAITITU dos capetas que, ignorando os tiros, se escondia atrás das árvores, de pé sobre as patas traseiras, com macaquices de deboche.
PARAGUAÇU pensou em dar remate à caçada, ensimesmado com o fantástico dos acontecidos, quando começou a ouvir um canto melodioso de tons e notas nunca vistos e, diante dele, surgiu uma jovem vestida de branco. Os olhos azuis realçavam o lindo rosto adornado por cabelos encaracolados da cor de mel. Dissimulando, mas assustado, ANTIÓGENES perguntou:
– O que faz a “belezura” de jovem perdida nos ermos desta floresta?
Dedilhando os cabelos, a moça respondeu:
– É que da terra de onde eu venho, homens para casamento são produto escasso!
Mais furioso ainda, ANTIÓGENES insistiu:
– Se mal pergunto, que terra é essa onde sucede tal desgraça?
A moça, chegando mais perto de PARAGUAÇU, não disse o nome da terra, mas mostrou, em imagens mágicas, um casario brilhante de pedras preciosas com imensas partes douradas, dominando uma pradaria repleta de animais de caça: antílopes, javalis, búfalos, dizendo:
– Tudo isso pode ser seu. Basta que me acompanhe numa jornada matrimonial!
O perfume estonteante da moça e o murmurar em seu ouvido quase distorceram o pensar de ANTIÓGENES que, para não ficar cativo do intencionismo da jovem, empertigou-se, justificando:
– Levo muito apreço no seu oferecimento! Saiba a moça que não sou homem de refugar convite mimoso. Ainda mais vindo dos melhores qualificativos e predicativos que vosmecê ostenta. Mas ocorre que vivo com uma teúda e manteúda de nome FOGARINA que é o diabo em figura de gente. se ela ao menos imaginar que estamos aqui nesse colóquio, é bem capaz de desencadear um fogaréu dos infernos e destruir essa floresta.
De repente, deu-se um branco – de imagem e de som – para, em seguimento, ENTIÓGENES ouvir um chamado distante:
– Acorda, dorminhoco! É hora da aplicação do sanativo contra a “Espinhela Caída”.
Era a enfermeira DORCIVALDA, uma senhora sexagenária, de olhos azuis, usando uma peruca amarelada, no Hospital “O Bom Samaritano”.
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