Quarta-feira, 10 de setembro de 2014 - 05h22
Relações tumultuadas
Nos idos do Território Federal de Rondônia e nos primeiros anos de estado, a Prefeitura de Porto Velho com seus prefeitos nomeados dependiam quase que totalmente do governo estadual para sobreviver. Sem recursos para tocar a máquina até os primeiros prefeitos eleitos pelo voto eram tratados como subordinados dos governadores de plantão.
Na época os governadores eram milicos e trocavam de prefeitos ao seu bel prazer. O engenheiro Sebastião Valadares nos anos 80 até conseguiu durar uma boa temporada com as bênçãos de Teixeirão, fazendo uma boa parceria, o que rendeu o saneamento de bairros centrais da cidade com enormes galerias de macrodrenagem.
Eleito prefeito, Jerônimo Santana teve apoio do governador nomeado Ângelo Angelim, que substituiu Teixeirão. Mas eleito governador, Jerônimo perseguiu barbaridade Tomás Correia, tratando o pobre a pão e água, pois temia seu crescimento político.
Alguns prefeitos se entenderam bem com os governadores, casos de Chiquilito que teve apoio expressivo de Jerônimo e Valdir Raupp, ambos do PMDB. Já na Era Ivo Cassol, os prefeitos Carlinhos Camurça e Roberto Sobrinho penaram bastante.
Nos dias de hoje as relações entre o prefeito Mauro Nazif e o governador Confúcio Moura são das melhores. Se tornaram inclusive aliados políticos.
Cartas na manga
O governador Confúcio Moura (PMDB) com apoio da presidente Dilma Roussef (PT) tem boas cartas na manga para reagir nesta reta final contra a oposição em Porto Velho: 1- Inauguração do mais moderno colégio do estado, o Murilo Braga 2-Do maior conjunto habitacional da região Norte, na Vila Mariana (quase 5 mil casas) 3 –A Ponte sobre o Rio Madeira.
A supremacia
Com a supremacia firmada nas regiões mais populosas do interior – Vale do Jamari, Bacia Leiteira e região central – Confúcio se volta agora para uma dura peleja na capital onde a coisa anda meio equilibrada com a oposição. Os governistas apostam na tendência do governador – desde os tempos de deputado e prefeito – crescer nas semanas finais de campanha.
Pesquisas internas
Com pesquisas internas lhe concedendo vantagem na corrida estadual, o tucano Expedito Junior também concentra esforços em Porto Velho no final da jornada. É estratégica uma vitória na capital, já que o eleitorado daqui atingiu 302 mil eleitores e a situação no interior tem revelado uma gangorra nos últimos dias. No Vale do Jamari, Expedito tem Neodi para contrapor a liderança de Confúcio.
O Distanciamento
Por outro lado, o distanciamento do primeiro pelotão – com Confúcio e Expedito – para o segundo – formado pelos candidatos Jaqueline Cassol (PR) e Padre Ton (PT) – já é uma realidade constatada nas sondagens eleitorais e esta inclinação deverá ser ratificada nas pesquisas finais, assim como a tendência de um pleito em dois turnos devido à fragmentação das forças políticas.
Sebo nas canelas
Sem direito a segundo turno, a disputa ao Senado empolga porque todos os candidatos se viram obrigados a intensificar as ações. Pelas pesquisas vigentes, o senador Acir Gurgaz lidera a corrida a reeleição com uma folga razoável, mas não pode dar mole a concorrência, já que para garantir uma zona de conforto precisa cravar pelo menos uns 10 pontos de diferença para evitar surpresas desagradáveis no dia da eleição.
Via Direta
*** As construtoras despejando moradores do Projeto Minha Casa, Minha Vida é uma indesejável surpresa em Porto Velho *** O mensalão da Petrobrás acaba afundando ainda mais os petistas nesta reta final de campanha *** Temos a campanha mais barata a história em Rondônia e muitos candidatos já devendo até os tubos para os fornecedores. Coisa de louco!
CAPA DO JORNAL DIÁRIO DA AMAZÔNIA DESTA QUARTA-FEIRA
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