Segunda-feira, 8 de outubro de 2007 - 09h52
Desde o episódio das fitas envolvendo o governador Ivo Cassol e aquela penca de deputados estaduais corruptos que oferecia respaldo político em troca de dinheiro, a classe política pena nas mãos do mandarim rondoniense. Ocorre que o governador guarda imagens e fatos – como ocorreu no caso das propinas – para no momento oportuno detonar seus adversários.
O recente escândalo denunciado pelo fiel escudeiro do governador Miguel Sena (PV - Guajará Mirim) na Assembléia Legislativa sobre aumentos retroativos para conselheiros, desembargadores, é mais uma prova de que o chefe do Executivo manipula a todos que pode e só se manifesta quando é de seu interesse. Ninguém pode acusá-lo de desonestidade, já que vetou todas as armações da legislatura passada, mas poderia denunciá-las se quisesse. Guardou tudo e entra numa nova peleja, desde vez com os Tribunais com as melhores cartas na manga.
Nas lidas com as raposas do Legislativo e do Judiciário e com a classe política em geral, Cassol se transformou num encantador de serpentes. Com os deputados estaduais, se diverte fazendo a maior parte dos eleitos de gato e sapato e por conta disso algumas vacas de presépio se rebelaram saindo da chamada bancada dos casolboys, diga-se de passagem ainda amplamente majoritária.
Ao meio de todas as pelejas que se envolve, Cassol ainda arruma tempo para tratar da sucessão municipal de Porto Velho. Já lançou três nomes – Garçon, Alexandre Brito e Amado Rahal – e ainda mantém conversações com o socialista Mauro Nazif, aquele recém abandonado por Carlinhos Camurça. A todos manifesta seu apoio a empreitada. Um dos tantos que receberam “apoio” do governador choramingou hoje a este colunista que vos fala “Ele está dando apoio a todos que aparece na casa dele”. Como se vê, Ivo, a cada ano se supera. Quem pode condená-lo? Já está treinando para quando se eleger senador em 2010 saber se relacionar com as raposas felpudas da política nacional em Brasília.
Com tudo o que rola na aldeia, já não restam dúvidas, caro leitor: no grande serpentário que é a política rondoniense, Ivo demonstra claramente vocação também para uma nova função: a de encantador de serpentes...
Fonte: Carlos Sperança/gentedeopinião
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