Sexta-feira, 22 de maio de 2015 - 05h35
A epopéia chinesa
O falecido prefeito de Porto Velho Chiquilto Erse sonhava ao meio dos anos 90 – já faz, portanto duas décadas – com a capital rondoniense operando um sistema intermodal de transportes, ou seja, um esquema de conexões entre rodovias, hidrovias com o modal ferroviário, tornando nossa cidade um dos mais importantes centros de exportações da América Latina.
Ele jamais poderia imaginar, no entanto, que partiria da China, a concretização deste sonho, com o megaprojeto da Ferrovia Transoceânica que começa no Porto Açu, no Rio de Janeiro, no Oceano Atlântico, num in vestimento de 30 bilhões de reais, atravessando a floresta amazônica e a cordilheira dos Andes e terminando na costa Peruana, já no Oceano Pacífico.
A epopéia chinesa no Brasil já esta começando. Os primeiros estudos de Açu ( RJ) a Porto Velho (RO) já foram iniciados, mas se sabe que será algo demorado, tendo em vista tantos impactos ambientais a serem analisados e até conflitos entre a Bolívia e o Peru que brigam em instâncias internacionais pelo privilégio de contar com a Ferrovia Transoceânica.
Abusos energéticos
Acompanhei com atenção, durante a semana os protestos dos deputados do Vale do Jamari com relação aos problemas de energia nos municípios daquela região. Vários deles, inclusive Machadinho do Oeste e Buritis, são penalizados com energia cara, produzida por usinas termoelétricas, enquanto que Rondônia conta com hidrelétricas do porte de Santo Antônio e Jirau e é um dos maiores produtores do segmento no Brasil.
É injustificável a demora na conclusão do linhão estendido a partir da BR-364 para os municípios do Vale do Jamari. É inadmissível, igualmente, que Rondônia remeta a maior parte da sua produção energética para os pólos industriais de São Paulo, enquanto que nossa população fique na mão.
Serão necessários protestos generalizados, com bloqueios na BR 364 ou em pontes para que nossas autoridades entendam a coisa? Parece que não entendem outra língua de Extrema a Chupinguaia. A Assembléia Legislativa está batendo duro. Faltam ações mais efetivas do governo do estado e da bancada federal cobrando com mais ênfase soluções imediatas para o desconforto de várias comunidades atingidas pelos cortes de energia.
Conflitos estaduais
Sem uma política imigratória definida no País, estados do Norte, como o Acre e o Amazonas que recebem a grande carga da imigração de haitianos e senegaleses, acabam criando conflitos com unidades da Região Sul por causa das remessas dos recém-chegados em grandes comboios. Durante a semana prefeitos sulistas voltaram a reclamar do comportamento das autoridades acrianas pelo encaminhamento de levas de estrangeiros sem ao menos comunicar os estados receptores. Só no Rio Grande do Sul já são mais de 10 mil haitianos e senegaleses. São Paulo, Paraná e Santa Catarina contam com um volume maior, trabalhando na construção civil, frigoríficos e pólos têxteis e cerâmicos.
Mas a grande verdade é que é injusto apenas o Acre pagar o pato pela decisão do governo petista em escancarar a portas da Amazônia para a imigração oriunda de países como Haiti, Senegal e mais recentemente de Gana e da Republica Dominicana. Então que a recepção, estadia e responsabilidades se dividam em cotas proporcionais: os estados mais desenvolvidos com maior carga, os menores com o seu quinhão proporcional.
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