Porto Velho (RO) domingo, 1 de junho de 2025
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Gente de Opinião

Carlos Henrique

Usinas paralisam produção


 
O esforço das usinas do Madeira para desqualificar os mensageiros que portavam más notícias, não acompanhou, na realidade, o que foi dito insistentemente nas inserções publicitárias que inundam (perdoem o trocadilho) a mídia. Ouvi dizer que andaram culpando o “mijo dos anjos” pela elevação das águas do Madeira. E que o planejamento das usinas é para durar dez mil anos. Que bom. Mas será que o ambicioso planejamento previu a paralisação da produção de Santo Antônio e Jirau?
 
Pois é. Na manhã de ontem, a elevação das águas determinou a paralisação da produção em Santo Antônio. À tarde, Jirau também parou. A empresa teve que abrir as comportas para fazer com que baixem as águas  que deixam isolado Guajará Mirim e todo o Acre. Com isso, subiu o nível do lago de Santo Antônio e a produção ficou inviabilizada.
 
O abastecimento de Porto Velho e região ficará exclusivamente por conta de Samuel e da Termonorte. Nada que, por enquanto, possa preocupar Rondônia e Acre. A suspensão do abastecimento, decorre, por enquanto, dos riscos ocasionados pela inundação. A energia AINDA não está faltando. Mas vale lembrar que o sul e o sudeste estão perto de um racionamento. Tão perto que o governo começa a negar.
 
É preciso esclarecer que  Jirau estava produzindo perto de 730 MHh exclusivamente para Rondônia e Acre, em decorrência de problemas técnicos não previstos no planejamento ‘para dez mil anos”. É que, como já foi dito aqui, os sistemas de produção e distribuição não “conversavam entre si” e foi preciso uma destinação local para a energia. Ainda bem que a Termonorte continuava “stand by” para complementar a energia de Samuel. O que poderá acontecer, contudo, com um racionamento “lá embaixo”, no Brasil que tem poder, isso só Deus sabe.
 
Pior para as usinas, que já não sabem o que fazer. É que pelo menos Santo Antônio negociou, no mercado futuro da bolsa, a R$ 43,00/MWh, a energia que “planejava” produzir. Sei não, mas agora, na hora de entregar, não têm energia e vai ser preciso comprar nos leilões do mercado.
 
Segundo Valor Econômico, o  preço de liquidação de diferenças (PLD) — preço da energia de curto prazo — para a próxima semana continuará no teto regulatório de R$ 822,83 por megawatt-hora (MWh) nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste e Sul. A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 21, pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).
 
De acordo com o órgão, o PLD para o subsistema Nordeste sofreu leve aumento, passando de R$ 730,19/MWh, nesta semana, para R$ 732,99/MWh, na próxima semana. Já, para a região Norte, o preço recuou de R$ 574,31/MWh para R$ 160,61/MWh. Só que por aqui não existe energia para a venda. Mas, pelo visto, tudo isso está igualmente planejado para os próximos dez mil anos.

* O conteúdo opinativo acima é de inteira responsabilidade do colaborador e titular desta coluna. O Portal Gente de Opinião não tem responsabilidade legal pela "OPINIÃO", que é exclusiva do autor.

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